quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Cinema

The Square - Direção de Nash Edgerton 

Recém vi este excelente filme realizado na Austrália pela família Edgerton, Nash, direção e Joel, roteiro e atuação.

A história começa com Ray (David Roberts) e Carla ( Claire von der Boom) transando dentro de um dos carros deles. No outro, seus cachorros assistem impávidos. O problema é que ambos são casados, Ray com a discreta Martha (Lucy Bell) e Carla com Greg (Anthony Hayes), um homem violento e envolvido em falcatruas.

Ray trabalha na construção civil, onde vem causando desfalques com Barney (Kieran Smith) na empresa, cujo dono é Gil Hubbard (Bill Hunter).

Um dia, Carla, olhando para o alçapão no sótão de sua casa, ela descobre uma sacola cheia de dinheiro. Sem denunciar nada, apenas para Ray, ela vê a tão sonhada oportunidade para a fuga deles, de suas vidinhas insignificantes.

Com uma inicial hesitação, Ray acaba concordando com o plano de sua amante, que é ela retirar a grana e, em seguida, ser forjado um incêndio na casa.

Entra em ação Billy (Joel Edgerton), casado com Lily (Hannah Magan-Lawrence), que será o encarregado do trabalho sujo de pôr fogo na casa de Carla e Greg; desta forma, não sobrarão provas do desaparecimento da grana guardada e agora surrupiada por Carla.

Mas a coisa toda desanda quando a mãe de Greg resolve pousar na residência do filho e acaba morrendo queimada.

A partir deste fato, uma sucessão violenta que inclui mortes passa a apertar o cerco na vida de Ray e Carla.

Lançado em 2008, o filme tem 107 minutos e no Brasil é conhecido como O Quadrado.

Segue o trailer:





segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Galeria

Galeria 

Bete Mendes nasceu Elisabeth Mendes de Oliveira no dia 11 de maio de 1949 em Santos, São Paulo. Alguns de seus filmes são: Amantes da Chuva (1974), Eles não usam Black Tie (1981) e Brasília 18% (2006).

domingo, 30 de novembro de 2025

Música

 


Images - Jimmy Cliff


Neste novembro, mais exatamente no dia 24, o mundo deixou de ter fisicamente Jimmy Cliff, jamaicano de 81 anos, que, juntamente com Bob Marley e Peter Tosh, ajudou a popularizar o reggae pelo mundo. 

Tenho vários álbuns dele, escolhi este porque, embora os especialistas não o coloquem entre os mais importantes, é o que mais gosto.

Segue em duas partes:




quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Cinema

A Morte de um Corrupto - Direção de Georges Lautner 

Este filme que posto é um clássico, tanto pela história quanto pelo elenco estelar, liderado por Alain Delon (Xavier Marechal), braço direito do deputado Dubaye, papel de Maurice Ronet, que logo, no início da película, assassina acidentalmente outro deputado, Serrano (Charles Moulin); portanto, de cara, o espectador sabe do crime e de seu autor e da motivação, isto é, revelações e chantagens de corrupção que envolvem ambos e que estão devidamente comprovadas em documentos, que chegarão às mãos de Xavier para sua proteção.

Xav, apelido de Marechal, passa a ser envolvido como suspeito pela morte ou por acobertar a autoria. Esta última hipótese, a correta, demonstra a fidelidade férrea que ele dedica a Dubaye. Ele guarda a pasta incriminatória num guarda-volumes da rodoviária.

Com a execução de Dubaye pela máfia, que se revelou infrutífera, pois os documentos não estavam mais com ele, o próximo passo é caçar Xav. Este se vê perseguido pela polícia e pelos mafiosos. 

Ele encontrará apoio em Valérie (Ornella Mutti), amante de Dubaye, que também sofrerá perseguição, tanto da polícia quanto dos "bandidos".

O final apenas demonstra que, apesar de toda a luta, as perdas de amigos, confiança e decepções em que, em tese, lhe protegeria, a corrupção permanecerá no meio político e da polícia.

No elenco estão Mireille Darc como a namorada de Xav (Françoise), Stéphane Audran como Christiane, esposa de Serrano e Klaus Kinski como Nikolas Tomski, um bilionário que controla parte dos agentes policiais.

Produzido em 1977, possui 123 minutos. Segue o trailer:






sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Cinema

Le Brio - Direção de Yvan Attal 

No Brasil, a obra recebeu o nome de O Orgulho. Trata-se do novo cinema francês que apresenta a atualidade multifacetada do país, após a independência de suas colônias africanas e a migração de boa parte de argelinos, tunisianos, marroquinos, costa-marfinenses, senegaleses, ganenses, entre outros, para a França, e esse cadinho étnico já apareceu forte nos esportes, nas letras e também no cinema em clássicos como Intocáveis, O Profeta, O Ódio, etc.

Pois este filme que posto mostra a presença xenófoba no dia a dia do país. Ele começa com a chegada atrasada à universidade em seu primeiro dia de Neila Salah (Camélia Jordana), uma descendente de árabes e muçulmana.

Seu atraso e suas vestes simples (moletom e jeans), mais o nome que indica a sua origem étnica, são motivo para deboche do professor Pierre Mazard (Daniel Auteuil) com comentários racistas, que foram amplamente filmados pelos alunos, já que o auditório onde se realizava a aula estava repleto.

Neila não se submeteu à humilhação, mas viu a sua oportunidade na cadeira (disciplina) ficar em perigo. 

O reitor (Nicolas Vaude), que é amigo do professor, não se deixou abalar por isso e impôs uma condição para evitar a ida dele ao conselho de ética e a quase certeza de sua exclusão da instituição: aproximar-se da aluna e fazer dela uma real competidora numa espécie de olimpíada de oratória, em que ela representará a universidade que há tempos não repete o seu histórico de conquistas.

É claro que, no início, a relação é fria e tensa, mas ambos precisam-se mutuamente e, aos poucos, um elo respeitoso surge até chegar ao ponto de admiração recíproca.

Um filme cativante, que demonstra, assim como Conduzindo Miss Daisy, para ficar num único exemplo, que a convivência desvela e desarma os preconceitos.

Finalizando, o diretor é nascido em Israel, descende de judeus e argelinos, mora na França, onde desenvolve sua carreira. Tem três filhos com a atriz Charlotte Gainsbourg, filha da icônica Jane Birkin.

Produzido em 2017, possui 95 minutos.

Segue o trailer: 




quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Música

Refavela - Gilberto Gil 

Nesta data que marca a morte de Zumbi e agora também o Dia da Consciência Negra, uma pequena homenagem com um clássico deste artista, cujos discos superam em número todos os outros que tenho.
Refavela é de 1977, o segundo da trilogia "Re" (Refazenda e Realce). Um dos momentos de maior inspiração do mestre baiano.
Segue o álbum recheado de clássicos de Gil:



segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Literatura

Dica de Leitura

Os Estandartes de Átila - Sílvio Fiorani 

Desconhecia o autor e sua obra. Comprei mais pelo fato de ser indicado pelo Pasquim, algo que nunca falhou para mim. Todos da Codecri (sua editora) promoveram grandes leituras.

O paulista Silvio está com 82 anos, jornalista de formação, no final da década de 70 partiu para a literatura, lançando Sonho de Dom Porfírio, um romance.

Em 1980 escreveu contos que estão reunidos no livro que posto e nele há a confirmação de seu texto ter sido influenciado por Alejo Carpentier, Júlio Cortázar, Jorge Borges e Franz Kafka, entre outros ilustres mestres das letras.

A obra está dividida em cinco partes, conforme a natureza dos contos.

1 - Sete Sinais (sete contos)

2 - Histórias da Cidade (cinco contos)

3 - Circunciclos (seis contos)

4 - Respeitável Público (quatro contos)

5 - Questões de Família (cinco contos)

Em todos eles, o fantástico, o absurdo e o realismo se entrecruzam, dando à pena do autor uma autenticidade quase única na cultura brasileira. 

Fiquei positivamente surpreendido pelas histórias estranhas e peculiares que Silvio Fiorani apresentou há 45 anos.

Como escrevi, o livro é de 1980, Editora Codecri, possui 120 páginas.