Aqui vou tratar quase que exclusivamente de Música,Cinema e Literatura. Sugestões que serão pontuadas pela curiosidade, qualidade e algumas pela indisponibilidade na rede mundial.
Class of '55 - Jerry Lee Lewis, Carl Perkins, Roy Orbison, Johnny Cash
Hooks & Lines - The Will Johns Band
Will Johns, inglês, sobrinho "emprestado" de George Harrison (sua mãe é irmã da primeira esposa do beatle), depois de uma passagem em Los Angeles, retornou à sua pátria e em 2008 formou a banda que leva seu nome.
Escolhi este segundo álbum, porque, realmente, é muito bom. Ele é de 2012.
Seguem lista das faixas e vídeos:
1 I Believe
2 Angel
3 Wake Up
4 Tight!
5 Let's Party
6 Kissing You
7 Skool
8 Never Rains
9 I Don't Love You
10 Keep On Going
11 Smuggler's Blues
12 Need Your
Love So Bad
EUA x Billie Holiday - Direção de Lee Daniels
Muito boa obra que mostra a vida de Billie Holiday, em especial, a obsessiva perseguição do FBI, aqui, encarnada pela figura de Harry Anslinger (Garret Hedlund), visando a proibição da canção libelo Strange Fruit, que segundo este órgão, incentivava a rebeldia negra contra o sistema/ hegemonia branca.
Billie (Andra Day) acaba sendo presa por posse de drogas (e uso delas), pois apenas a pseudo incitação à revoltas, não caracterizava crime, mas uma contravenção pelas leis norte-americanas.
Além deste fio condutor FBI contra Billie, o filme escancara quão foi conflituosa a vida afetiva da grande dama da música saída do sul dos Estados Unidos, sempre envolvida com oportunistas que lhe proporcionaram decepções que a levaram a prostituição, às drogas lícitas e ilícitas; por fim, à prisão.
A Lady do Blues conseguiu superar tudo, mesmo morrendo jovem, 44 anos, no ano de 1959, porque sua obra a imortalizou e a música tão duramente perseguida, acabou escolhida como a mais representativa do século passado.
No elenco estão: Trevante Rhodes como Jimmy Fletcher, talvez, o verdadeiro amor dela e Tyler James Williams, representando o excepcional músico Lester Young.
Produção de 2020 com 130 minutos. Segue o trailer oficial:
A Lei do Mercado - Direção de Stéphane Brizé
Aí está um filme que é impossível ficar indiferente ao que é posto na tela, verdadeira reprodução da "vida como ela é". No Brasil ganhou um título bem diferente: O Valor de um Homem; optei pelo original.
Thierry (Vincent Lindon), um cinquentão, fica desempregado e entra naquele limbo cruel de ser um veterano para o mercado de trabalho e um contribuinte ainda insuficiente para pleitear a aposentadoria.
Ele vive harmoniosamente com a esposa (Karine de Mirbeck) e um filho portador de necessidades especiais. Porém, já são quase dois anos de tentativas de reinserção ao mercado de trabalho, incluindo aí, cursos de reciclagem, entrevistas e, claro, muita esperança e vários "nãos".
A corda começa a apertar, seja pela necessidade de manutenção do filho na escola, sejam pelas despesas permanentes, o que o leva a se desfazer de alguns bens, como o trailer localizado numa praia, vendendo-o aquém de seu valor real.
Finalmente, Thierry consegue um emprego de segurança de supermercado, onde, aos poucos, percebe, a cada flagrante de furtos, até de colegas de empresa, a dolorosa realidade capitalista que transforma, em especial, os empregados em meros elementos para serem moídos pelo sistema.
Confuso por momentos, ele reconhece o caminho sem volta que é "a Lei do Mercado".
Lançado em 2015, possui 91 minutos.
Segue o trailer:
Dica de Leitura
A mais remota lembrança - Fred D'Aguiar
Galeria
Elga Andersen nasceu Helga Hymen, em Dortmund, Alemanha, no dia 02 de Fevereiro de 1935. Faleceu em 07 de Dezembro de 1994, em Nova Iorque, EUA.
Alguns de seus filmes são: Bom dia, Tristeza (Bonjour, Tristesse-1958), Um Assunto Internacional (A Global Affair-1964) e As 24 Horas de Le Mans (Le Mans-1970).
Libertango- Astor Piazzolla
Um dos maiores gênios da música mundial e argentina, em especial, estaria completando nesta Quinta-feira, 11 de Março de 2021, 100 anos.
Fica a nossa homenagem e reconhecimento ao seu enorme talento, por isso, posto o disco de 1974.
Paul Stanley (Kiss) - Paul Stanley
Em 1978, auge da banda, os integrantes da Kiss resolveram lançar álbuns solo; então, o mercado recebeu 4 trabalhos que levaram o nome de cada um deles, Gene, Paul, Ace e Peter.
A grande decepção ficou por conta do mais conhecido, Gene Simmons, que realizou um trabalho ruim, se considerada a expectativa que gerou a iniciativa.
Os três demais se saíram super bem, mas o grande destaque foi o de Paul Stanley.
Segue o disco na íntegra neste link:
Agente Duplo - Direção de Maite Alberdi
Está na Globoplay esta película chilena, candidata ao Oscar em 2020.
A obra começa mostrando o processo seletivo feito por uma agência, de um homem entre 80 e 90 anos, que pode se adaptar ao uso de certas tecnologias atuais para atuar como agente dentro de um asilo, o São Francisco, ou seja, um espião.
Sérgio, um viúvo é o escolhido, a sua missão: identificar os possíveis maus tratos que uma senhora de nome Sônia (tratada como "alvo") e demais moradoras.
O filme recebeu críticas positivas, mas também houve quem não gostou. Essa última parcela alega que a obra apresenta mecanismos cinematográficos que ora, faz rir, ora, chorar, dando a entender que há uma artificialidade recorrente, bem comum na sétima arte.
A verdade é que o tema é raro e caro às pessoas, isto é, o cotidiano de pessoas idosas que tem sentimentos quase idênticos na sua maioria em especial, um desencanto com a vida e o abandono de seus entes.
Há momentos sublimes, quando essa impressão de identidade coletiva, esse sentimento comum, dá lugar a "espasmos" de características individuais que Sérgio na sua missão, vai recolhendo em seus contatos, quase sempre com mulheres. A proporção é de 10 mulheres para 1 homem na casa.
O final surpreendente é absolutamente inusitado, porque não reverte o fluxo normal do que o agente duplo, o espião, encontra ao dar entrada na instituição.
Produzido em 2020, possui 88 minutos.
Segue o trailer:
Abutres Humanos - Direção de Leslie Fenton
Assisti recentemente, um faroeste pouco conhecido, um daqueles que não aparece em lista de clássicos. O fato é que gostei. Tem um ator carismático, no caso, Alan Ladd no papel de Luke Whispering (Silencioso) Smith, um pistoleiro que é contratado pela ferrovia para evitar perdas com assaltos e saques.
Smith num de seus trabalhos, evita um o sucesso dos ladrões, mas é ferido, justamente na cidade onde tem relações afetivas, primeiro por ser quase um irmão de Murray (Robert Preston), depois, por ter ali a sua grande paixão, Marian (Brenda Marshall), que optou por casar com Murray, mas ao que parece, não esqueceu de Luke Smith.
Na cidade há um manda-chuva, Rebstock (Donald Crisp) que tenciona enriquecer ilicitamente, assaltando e saqueando os trens. Ele tenta trazer Smith para o seu lado, o que não ocorreu.
Já Murray, funcionário da ferrovia, ao ser desautorizado numa ação diante de um descarrilamento de um trem, passa para o lado do bando de Rebstock; num primeiro momento, se mantendo oculto.
À medida que os fatos vão sendo desvelados, o iminente confronto entre os quase irmãos, se torna inevitável.
Produção de 1948. Possui 88 minutos.
Segue o trailer:
