Música

Pensar en Nada - Leon Gieco 

Excepcional álbum deste ícone da cultura sul americana. Em 1981, lançou esse clássico.

Segue o disco:

Música

Nito Mestre e los Desconocidos de Siempre 

Para saudar a grande conquista da Argentina no Catar, posto dois álbuns históricos do rock platino. O primeiro é esse de Carlos Alberto "Nito" Mestre, depois que saiu do Sui Generis. É de 1977. A formação é: Nito Mestre, Alfredo Toth, Osvaldo Caló, Mono Fontana, Maria Rosa Yorio e Rodolfo Gorosito.

Cinema

The Long Good Friday - Direção de John Mackenzie 

O outro filme que tem a participação de Bob Hoskins, que posto é  de 1980. No Brasil, ele recebeu o título de Caçada na Noite e virou um clássico da filmografia britânica.

Harold (Bob Hoskins) é um gângster que atua nas docas de Londres, explorando também cassinos e projeta implementar grandes negócios no ramo imobiliário, imagina ser o maior da Europa a partir de uma sociedade com um mafioso norte-americano, Charlie (Eddie Constantine), que curiosamente, não quer se envolver com ações violentas. 

É aí que o "caldo entorna"; começa uma sequência de atentados próximos de Harold; dois de seus capangas morrem assassinados, um esfaqueado, outro dentro de um carro que explode e no cassino de sua propriedade, uma bomba não detona. Em seguida, o seu pub preferido tem o último andar explodido, também.

Harold, com auxílio de sua amante, Victoria (Helen Mirren), ambos vão tentando esconder ou dar versões diferentes às ações explosivas para que o acordo com os americanos não seja inviabilizado.

A caça aos autores destes atentados é intensificada, sobrando para os agentes corruptos da polícia, para concorrentes menores nos negócios ilegais e até para suspeitos dentro da corporação de Harold. É a caça às bruxas.

A história surpreende nos 30 minutos finais, quando o seu foco dá uma guinada que está ligada às cenas iniciais do filme (importante ficar atento),  que são decisivas para a compreensão.

Possui 154 minutos. Segue o trailer:

Cinema

Mona Lisa - Direção de Neil Jordan 

As duas próximas postagens são  uma homenagem ao "monstro" Bob Hoskins, ator inglês que não está mais entre nós. Começo pela obra de Neil Jordan, diretor irlandês, dono de uma filmografia exitosa: Companhia dos Lobos, Traídos pelo Desejo, Michael Collins, Entrevista com um Vampiro, entre outros filmes.

Em Mona Lisa, a história gira em torno de George (Bob Hoskins), um ex-detento, recém saído da cadeia, que tem dificuldades para recuperar o relacionamento com a filha que mora com a mãe, uma mulher que não quer a reaproximação deles de jeito nenhum, até busca o divórcio.

Sem perspectiva de emprego,com apenas um amigo pobre, Thomas (Robbie Coltrane) lhe dando guarida, que pouco lhe pode auxiliar, George vai ao encontro de Mortwell (Michael Caine), seu antigo chefe de malandragens; no momento, se dando bem nos negócios, a maioria, ao arrepio da lei. George precisa sobreviver, enfim, necessita de um recomeço. Lhe é dada a oportunidade de ser motorista de uma prostituta de luxo, Simone (Cathy Tyson).

Inicialmente, entre eles existem conflitos, discussões; George não entende o porquê daquela vida sem perspectiva de vínculos afetivos mais perenes. Simone diz que isso é um problema dela. Mas, com o tempo, a admiração por ela aumenta, mesmo com a diferença de idades. Ele se apaixona e tenta protegê-la de seu antigo gigolô, que ainda pensa ter influência sobre ela, mediante ameaças físicas.

Simone faz um pedido especial a George: localizar Cathy (Kate Hardie), um prostituta mais jovem, que anda desaparecida. Simone tem dinheiro, com isso, George tem carta branca para encontrar Cathy.

Neste submundo de Londres, ele vai correr perigo, ao mesmo tempo que deve proteger a sua patroa dos clientes perigosos e do ex-cafetão.

Paro por aqui, pois a história é cheia de reviravoltas e cada cena tem desdobramentos futuros, com isso, corro o risco de tornar conhecido o final, tirando de quem lê esta postagem, o prazer de assistir uma grande obra do cinema britânico.

A produção é da Hand Made Films, do beatle George Harrison. Foi realizado em 1986 e possui 104 minutos.

Segue o trailer:

Literatura

 

Dica de Leitura

Baixo Esplendor - Marçal Aquino

Ótima obra do paulista Marçal Aquino, hoje com 64 anos e uma biografia recheada de êxito.

O enredo deste livro tem como período o início dos anos 70, quando um policial chamado Miguel, nome fictício, tem a missão de se infiltrar numa quadrilha que rouba cargas, cujo líder é Ingo, que logo se afeiçoa por ele, lhe abrindo as portas do bando, mesmo com a desconfiança de parte dele.

Miguel se envolve com Nádia, uma mulher "quente" por quem ele se apaixona e põe em risco além de sua vida, também a missão policial que lhe foi determinada, porque balança entre o dever e o imponderável que cruzou o seu destino. Nádia é irmã do líder da gang, Ingo.

Dividido em três partes: Suor, Sêmen e Sangue, a história traz elementos do estilo noir com pequenas variações, mas estão presentes o ambiente policial, um narrador e uma mulher fatal.

Quem não leu Marçal Aquino anteriormente, verá semelhanças com os textos do brasileiro Rubem Fonseca e o norte-americano Raymond Chandler, mas, óbvio, Marçal tem um estilo próprio que prende o leitor e, neste caso em especial, o surpreende com o final muito particular.

Li em Junho deste ano. A Editora é a Cia. das Letras, primeira edição produzida em 2020. Possui 264 páginas.

Galeria

Galeria 

Marpessa Dawn nasceu em Pittsburgh, Pennsylvania, EUA, no dia 03 de Janeiro de 1934. Faleceu em Paris, França, em 25 de Agosto de 2005. Alguns de seus filmes são: The Women Eater (The Women Eater-1958), Orfeu Negro (Black Orpheus-1959) e Um Filme Doce (Sweet Movie-1974).

Música

 Automat - Automat

Um dos grandes representantes do rock progressivo, neste caso, da música eletrônica. Único exemplar da união artística dos italianos Mussumara e Gizzi ocorrida no final de 1977, sendo o álbum lançado no ano seguinte.

Apenas uma faixa ocupa o lado A do LP e três o B.

Segue o clássico na íntegra:

Música

Quem Viver Chorará - Raimundo Fagner 

Seguramente, o meu álbum favorito do cearense descendente de árabes, Raimundo Fagner; este de 1978, ano em que ingressei no ambiente universitário e aos rocks incendiários do início daquela década, a música brasileira tão restrita a Raul Seixas, Secos e Molhados e Rita Lee, recebeu a companhia do mundo mágico e rico de vários artistas brasileiros, que passou a ser frequente no meu toca-discos.

Este, um dos primeiros e perenes da minha memória afetiva.

Segue o disco na íntegra:

Cinema

O Último Traje - Direção de Pablo Solarz 

Filme terno coproduzido por Argentina e Polônia, mostrando a história de Abraham (Miguel Angel Solé), um judeu às portas de sua nona década, que está sendo "descartado" pela sua família (tem 3 filhas, uma morando na França, vários netos). Ela, a família, já negociou a casa dele, também, parece não se importar com a possibilidade do velho ter a sua perna direita amputada; igualmente, decidiu pela envio dele a um asilo. 

Abraham não é aquele senhorzinho simpático; é ranzinza e bastante teimoso, em especial, na manutenção de sua independência, assim sendo, sabedor dos planos dos seus descendentes, ele, à noite, praticamente sem bagagem e levando um terno, decidiu pagar uma promessa. Começa neste momento, a longa jornada de Buenos Aires até a Polônia, passando pela Espanha, França e, a muito contragosto, pela Alemanha que lhe traz péssimas lembranças.

Aos poucos, o expectador vê o passado dele, desvelado, sua passagem pelo campo de concentração, a libertação com a chegada dos russos em 1945, bem como, seu contato com um desfile de personagens interessantes com Maria (Angela Molina, conhecida dos filmes de Luiz Buñuel), dono de um hotelzinho, a filha Cláudia (Natália Verbeke, argentina, atriz de O Filho da Noiva e As Mulheres do 6º Andar) que reside na Europa, o jovem resistente ao contato num primeiro momento, Leonardo (Martin Piroyanski), mas que vai se tornar cúmplice nas peripécias que Abraham se envolverá, a solícita alemã, Ingrid (Julia Beerhold), por fim, a enfermeira Gosia (a belíssima atriz polonesa Olga Boladz), figura decisiva no final da trama, quando há o encontro de Abraham com o seu amigo e salvador no final da guerra, o dono do terno que ele carrega, Piotrek (Jan Mayzel).

Excelente filme que emociona sem deixar bater o baixo astral.

Produzido em 2017, possui 92 minutos.

Segue o trailer oficial:

Cinema

Boomerang - Direção de Elia Kazan 

Muito bom filme de "tribunal" e legítimo representante do gênero "noir", isto é, produzido em preto e branco, também com um narrador conduzindo parcialmente a trama; inspirado em fatos reais ocorridos em Bridgeport, Connecticut, mas filmado em Stamford, porque não houve permissão para a utilização de cenas nos verdadeiros locais dos acontecimentos que ocorreram na década de 20.

Homer Cummings (Dana Andrews), promotor de justiça, fica encarregado do rumoroso caso do assassinato do padre Lambert, que era uma referência querida e moral da comunidade.

Com a proximidade das eleições municipais, a polícia, seus chefes locais, é pressionada para a solução do caso. Diante dessa urgência, os detetives Robbie (Lee J. Cobb) e White (Karl Malden) lideram o grupo que, após diversas tentativas frustradas, encontram em John Waldron (Arthur Kennedy), o suspeito com as maiores probabilidades de ser o autor da morte do religioso.

Sem um álibi e profundamente perturbado, Waldron vira presa fácil e através de tortura psicológica, confessa o crime. À princípio, tudo se encaixa, porque sete testemunhas afirmam tê-lo visto atirar em Lambert; a descrição e o histórico de Waldron pareciam simplificar tudo para a solução rápida que os políticos, a comunidade e a polícia desejavam.

Cummings, que mais tarde, viraria procurador geral do país no governo Roosevelt, desconfiou das conclusões e desmontou uma por uma, as teses da autoria do homicídio. Lógico, enfrentando a ira de todos.

Produzido em 1947, Boomerang no Brasil ganhou o título de O Justiceiro; tem 88 minutos. Também estão no elenco, Jane Wyatt como Madge, a esposa de Cummings, Cara Williams, a ex namorada vingativa de Waldron e Ed Begley como o empresário Paul Harris.

Segue o trailer oficial: