segunda-feira, 29 de junho de 2020

Cinema



Punk, o documentário - Direção de Jesse James Miller


Muito bom documentário idealizado por Iggy Pop e John Varvatos, disponibilizado pela Globo Play. Está dividido em 4 capítulos ou episódios, sendo (para mim) os dois iniciais mais importantes e atraentes, sem dúvida.
O primeiro trata daquilo que vou chamar de proto-punk, entrevista e análise do que rolou antes da segunda metade dos anos 70 como New York Dolls, Iggy Pop, Lou Reed e MC-5, além dos criadores da expressão e atitude punk.
O segundo é o auge em termos de surgimento efetivo da cena punk, onde aparecem nomes como Ramones, Dead Boys, Blondie, Television, também a travessia do Atlântico com a confirmação do movimento na Inglaterra; seu sucesso imediato com Sex Pistols, Damned e Clash, principalmente. A aceitação e repercussão foi maior do que nos EUA.
O terceiro mostra a perda do controle dos artistas sobre o seu  público, as cenas de violência e associações com movimentos radicais e anti-democráticos como, por exemplo, os head skins, o que marcou negativamente o cenário punk. Há depoimentos de Bad Brains, Germs, Black Flag , entre outros.
O quarto episódio busca apresentar as vertentes, as mais recentes bandas e estilos que derivaram da "raiz" dos anos 70. Destaco os depoimentos de Nirvana, Green Day, L7 e Bad Religion.
Achei excelente. Imperdível mesmo.
Segue o trailer:







sábado, 27 de junho de 2020

Cinema



CBGB, o Berço do Punk - Direção de Randall Miller



Ainda tratando do cenário Punk, um filme que dá bem uma noção do que foi um dos primeiros palcos, talvez o mais conhecido, o CBGB (Country, Blue Grass and Blues), bar que estava mais para "poleiro". Hilly Crystal (Alan Rickman), um quarentão que resolveu abrir as portas para bandas desconhecidas em 1973 no East Village, New York.
Com alguns escudeiros como filha Lisa (a bela Ashley Green), Merv (Donal Logue) e Idaho (Freddy Rodriguez), Hilly deu oportunidades para bandas como Television, Talking Heads, Blondie e a maior de todas, Ramones, também por lá apareceram Lou Reed, Dead Boys, Patti Smith, Iggy Pop e Police.
Além de contar a história da cena punk, esta obra mostra como surgiram grandes nomes do rock'n'roll nesta vertente que alterou costumes e comportamentos.
Imperdível.
Lançado em 2013, possui 103 minutos.
Segue trecho:




domingo, 21 de junho de 2020

Literatura


Dica de Leitura


Na Estrada com os Ramones - Monte A Melnick e Frank Meyer


Li seis obras que tratam dos Ramones, desde as de  fãs ou do irmão de Joey, até biografias de Marky, Johnny e Dee Dee Ramone; mas a mais completa é do "faz-tudo" Monte Melnick, que viveu os 22 anos da banda. Sem ele, a banda não resistiria por tanto tempo; essa aí, Na Estrada ...; aliás, super difícil de encontrar, os sebos chegam a oferecer a quase R$ 300,00 o livro impresso, é a melhor. Diante disso, adquiri um e:book que custou R$ 33,00.
É impressionante a história deste grupo que tinha tudo para dar e errado (e por um bom tempo, não aconteceu em termos de reconhecimento da mídia e comercialmente foi decepcionante ), mas que, assim como Van Gogh ou Oscar Wilde, a passagem do tempo a colocou no devido lugar; sua importância para a música e especialmente, para a cultura e  a sociologia (comportamento dos jovens), aqui, sem estabelecer um período, é fundamental.
O fenômeno a que me refiro é que individualmente, os Ramones eram pessoas problemáticas, Johnny amava Ronald Reagan e Richard Nixon, era individualista, autoritário e de direita; Joey tinha debilidades físicas, possuía TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e muitas frustrações afetivas, Dee Dee, o autêntico junkie, experimentou de tudo e morreu de overdose, quando estava num período "limpo", imaginava-se. Tommy, o mentor do grupo, não aguentou o tranco e saiu da linha de frente, após o terceiro e insuperável álbum Rocket to Russia (1977); eventualmente, acompanhou a banda. Seu sucessor, Marky , excelente baterista, era alcoólatra, fato que o afastou da banda por longos anos.
Além disso, as pessoas que orbitavam ao redor da banda, também pouco tinham de serenidade na maioria do tempo, inclusive os novos Ramones CJ e Richie.
O que fez desta banda a segunda mais importante do rock? Primeiro; tinham influências decisivas: Elvis, Little Richard, Beach Boys, Ronnetes, Beatles, Stones e The Who, entre tantos; segundo, eram sérios no comprometimento com o seu público, inclusive no horário de subir ao palco e nas condições físicas e psicológicas; terceiro, desde o início já criaram uma moda que "pegou", camisetas, tênis, jeans rasgados na altura dos joelhos e jaqueta de couro do mesmo estilo, além de um emblema característico, mais um slogan grudante que era marca registrada nos shows.  Por fim, influenciaram de cara, Clash, Damned, Sex Pistols e mais adiante, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Soundgarden, Green Day, igualmente, Pearl Jam e outras bandas pelo mundo afora, incluindo Argentina e Brasil, onde brotaram vários grupos, seguindo o lema ramone de "faça você mesmo".
Era uma banda punk no jeito de viver, desprezavam a vida de rock star, optando por viajar de van, quando estavam no seu país, EUA, dispensavam hotéis e restaurantes de luxo.
Ainda tinham origens muito parecidas, todos moraram em Nova Iorque, mais exatamente no Queens; lá se encontraram num período de grande dificuldades da Big Apple com desemprego e inflação elevados. 
Viveram como se fossem fãs deles próprios e consagraram locais que viraram ícones como o CBGB de Hilly Crystal, onde bandas incríveis se projetaram, após abrirem seus shows.
Entretanto, sem a qualidade de sua música e a persistência ferrenha que não a deixava a cair, todos estes elementos anteriores não seriam suficientes para o seu franco crescimento, mesmo após a morte dos quatro integrantes originais.
A obra de Monte mostra isso numa leitura extremamente sincera e de ótima fluidez. São depoimentos que parecem sair de um bate-papo num bar.
O e-book é de 2018, possui 496 páginas.
Imperdível.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Galeria



Galeria


Eleanor Parker nasceu Eleanor Jean Parker no dia 26 de Junho de 1922, Cedarville, Ohio, EUA. Faleceu em 09 de Dezembro de 2013 em Palm Springs, Califórnia, EUA. Alguns de seus filmes são: Scaramouche (Scaramouche-1952), A Fera do Forte Bravo (Escape from Fort Bravo-1953) e A Noviça Rebelde (The Sound of Music-1965).

domingo, 14 de junho de 2020

Música



Sabbath Bloody Sabbath - Black Sabbath



Quinto álbum da banda nascida em Birmingham que foi lançado no final de 1973 na Europa. Embora o meu preferido seja o Vol. 4, o anterior; escolhi este, porque representou um salto na visibilidade do grupo com grande aceitação do público e mídia.
Há riffs excelentes da guitarra de Tony Iommi e a presença do tecladista Rick Wakeman.
Segue o clássico:




quinta-feira, 11 de junho de 2020

Música



Sweet Fanny Adams - The Sweet



Semana passada, mais exatamente no dia 04 de Junho, faleceu Steve Priest, baixista da banda inglesa The Sweet, uma icônica dos anos 70, especialmente do glam rock.´
É o terceiro que vai para o andar de cima, pois o vocalista Brian Connolly morreu em 1997 e Mick Tucker, o baterista, 2002. Sobrou Andy Scott, o guitarrista.
De todos os discos, o de maior qualidade e maior sucesso é exatamente esse de 1974.
Seguem quase as faixas do clássico:








Cinema



L'équipier - Direção de Philippe Lioret



Tocante obra do cinema francês que me emocionou bastante, visto que vivenciei situação semelhante a do personagem Antoine (Grégori Delangère), um estranho que chega a Ouessant, uma pacata e pequena ilha bretã da França. 
A historia começa quando Camille (Anne Consigny) retorna à casa de sua infância para vendê-la; tem apenas um dia para isso, pois pretende retorna a Brest.
Ao lado da tia, ela começa a mexer em guardados até se deparar com o livro escrito por Antoine sobre sua breve passagem com funcionário do farol do local, Le Jument.
A trama do livro remete ao ano de 1963 e mostra como viviam os moradores daquela região, quando da chegada do estranho que vai ser alvo de rejeição por quase a totalidade dos homens, mas que reage com docilidade e resiliência, despertando o interesse de Mabé (Sandrine Bonnaire), esposa de Yvon (Philippe Torreton), parceiro de trabalho, além da bela Brigitte (Émilie Dequenne).
Um desfecho surpreendente com um toque de querer mais do filme.
Uma obra-prima pouco conhecida no Brasil com um descuido "perdoável"; o personagem Antoine tem a mão esquerda dilacerada, porém, numa das cenas, a machucada é a direita.
Produzido em 2004, possui 94 minutos.
Segue o trailer:









segunda-feira, 8 de junho de 2020

Cinema


A Odisseia dos Tontos - Direção de Sebastián Borensztein



A história ocorre no início deste milênio, quando a Argentina passa por uma de suas incontáveis crises socio-econômicas; mais exatamente numa cidade interiorana de pequeno porte (quase todas as cidades argentinas são assim), onde um grupo de moradores resolve investir numa cooperativa. Para isso, precisa adquirir uma propriedade alquebrada com silos e maquinário avariados pelo tempo.
Fermin (Ricardo Darin) e sua esposa Lídia (Veronica Llinás) são os líderes dessa ideia, logo encampada pelos eternos amigos do casal, Fontana (Lui Brondoni)  e Belaúnde (Daniel Aráoz) mais alguns moradores.
Dinheiro conseguido, Fermin vai ao banco e cai na lábia do gerente que disse ser melhor aplicar a grana. 
O que poucos sabiam: o pacote governamental aplicado da noite para o dia, que surrupiou o dinheiro da maioria ingênua da população.
Logo, Fermin descobre que foi vítima de um golpe e o grande gestor dele, um advogado, Manzi (Andrés Parra), além, é claro, do gerente bancário.
Começa então, a odisseia em busca da recuperação do montante.
Produzido em 2019, possui 120 minutos.
Segue o trailer:



quinta-feira, 4 de junho de 2020

Literatura


Dica de Leitura


Quem matou Pacífico? - Maria Alice Barroso



Grande romance policial que, à princípio, seria identificado com o público adolescente, mas agrada a todos que tiverem a chance de lê-lo.
A trama se desenvolve em Parada de Deus, uma cidadezinha pequena com as várias características do que a realidade apresenta em sociedades de reduzido grupamento.
Pacífico é um dos manda-chuvas da cidade, irmão do prefeito, apaixonado pela bela Luzia, filha do coveiro, um quase ermitão.
Numa noite, Pacífico é morto, quando praticava a sua rotina diária de visitar Luzia.
Começa assim, a tarefa de Tonico Arzão, veterano delegado que possui apenas uma perna e muita astúcia.
Luzia não era mulher de um homem só. Despertou a atenção de Roberto, um aviador acostumado a centros urbanos mais populosos, igualmente há o engenheiro Pierre, um estrangeiro tímido que devota amor e idolatria pela jovem. Mais um? Sim, um garçom, Pedro, que está sendo escanteado por Luzia.
Outro personagem com força na história é Péla-égua, um mulato, melhor amigo da menina e, certamente, nutrindo um amor escondido por ela.
Participam de forma periférica o pai de Luzia, Joãozão; Oceano, o prefeito, a viúva de Pacífico, mais a velha Maria Rezadeira e Honorino Santives, o barbeiro.
O meu exemplar é da 9ª edição, Mercado Aberto, possui 151 páginas.
Lançado em 1992.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Galeria



Galeria


Olivia Williams nasceu Olivia Haigh Williams, no dia 26 de Julho de 1968, Londres, Inglaterra. Alguns de seus filmes são: O Sexto Sentido (The Sixth Sense-1999), O Corpo (The Body-2001) e Peter Pan (Peter Pan-2003).