domingo, 30 de dezembro de 2018

Música



Al Limiti del Mondo - Samalea e Kabusacki




Conheci o trabalho do Fernando Samalea no álbum Parte de la Religion, Charly Garcia, onde participou como baterista, isso, final dos anos 80. Fiquei impressionado.
Passados 30 anos, eu resolvi pesquisar sobre a sua discografia e vi que há um trabalho consagrador chamado El Jardín Suspendido, porém, só consegui ver músicas individuais.
Segui pesquisando e encontrei este que é uma parceria com Fernando Kabusacki, guitarrista da banda da falecida Maria Gabriela Epumer; resolvi postar.
Lançado em 2011; é consequência de uma viagem de ambos a Ushuaia, Patagonia. Tem a participação do grande Tony Levin, baixista do mítico King Crimson.
Segue o disco na íntegra:


segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Cinema


Operação Presente - Direção de Sarah Smith


Excelente filme que prende a atenção de adultos e crianças. É a história de Natal renovada; nela, a família de Arthur é a do Papai Noel. Lá estão o vovô, o pai e seu irmão, além da mãe, responsáveis pelas entregas de presentes a todas as crianças do mundo. 
É uma fábrica fantástica, ultra moderna, onde nada dá errado. Na verdade, quase nada, porque por um acidente, um dos pedidos, uma bicicletinha é esquecida, após o pedido ser extraviado no escritório da família Noel.
O irmão mais velho de Arthur, não vê espanto em esquecer "apenas um", porém, Arthur vê nisso uma questão de honra. Resolve entregar o presente, mas sem prática, a situação parece impossível.
Aí, entra o avô aposentado que abre mão dos métodos mais modernos e recorre ao velho trenó e suas renas. 
Eles partem numa viagem fascinante desde o Pólo Norte até a Inglaterra, mas antes, por trapalhadas, visitam vários outros países.
Diversão certa. Produzido em 2011, possui 98 minutos.
Segue o trailer:


sábado, 22 de dezembro de 2018

Cinema



O Gênio do Mal - Direção de Robert Mulligan


Descobri esta semana esta pequena obra-prima do diretor Robert Mulligan (O Sol é para Todos,  Houve uma vez um Verão, Quando Setembro vier), onde o personagem de Steve McQueen (Henry Thomas) se distingue completamente da maioria dos que foram representados pelo grande ator, já falecido.
McQueen tem uma carreira pontuada por figuras viris, destemidas, decididas; neste, ele encarna um homem atormentado, saído da prisão com um sonho de ser cantor de rockabilly; até menciona Elvis Presley como objetivo.
Porém, ele vive na pequena Columbus, escondido, fazendo pequenas tarefas, se apresentando num barzinho e tendo assombrada a sua vida por  um velha mulher que o salvou da prisão, mas que direciona e condiciona o seu comportamento, cerceando-lhe e o deixando atormentado. Ele está no regime aberto (condicional) graças a ela, Miss Kathe (Estelle Hemsley), o que faz muita diferença na sua vida.
No entanto, o filme começa e dá destaque a figura de Georgette (Lee Remick) e a menina de 6 anos, Margareth Rose (Kimberly Block), esposa e filha de Henry (que ele não conhece pessoalmente), viajando de ônibus em busca de um novo contato com o marido. Um recomeçar.
Henry bem que se esforça, mas os seus dramas psicológicos são insuperáveis e, com toda a torcida minha, ainda assim, o desfecho é irremediavelmente triste.
No elenco estão também,  Don Murray como o policial e amigo de infância de Henry chamado Slim, Carol Veazie e Charlie Watts como o casal Tillman, os empregadores de Henry.
Não gostei do título em português, melhor seria retirar o artigo definido dele, mesmo assim, muito distante do original que é o nome de uma das canções que o personagem canta no seu local de trabalho.
Produzido em 1965, possui 100 minutos.
Segue o trailer:


segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Literatura


Dica de Leitura

Bomba no RioCentro - Belisa Ribeiro



A maioria dos brasileiros optou por eleger uma candidatura identificada com elementos presentes, parte deles, no golpe de 1964 que enveredou o país para a ditadura militar.
Então, eu lembrei desta obra da jornalista Belisa Ribeiro que esmiuçou o episódio ocorrido em 30 de Abril de 1981 no Rio de Janeiro, quando agentes do DOI-CODI (polícia civil e militar) pretendiam explodir bombas no meio de um show, o de homenagem ao Trabalhador que contava com mais de 20.000 pessoas.
Por sorte, uma das bombas explodiu no colo do sargento que estava no banco do carona, morto no ato e ferindo seriamente o capitão (ao volante).
O trabalho espetacular da imprensa, em especial, Jornal do Brasil, O Globo e Veja, impediram que a farsa armada pelo governo militar  prosperasse.
A jornalista entrevista seus colegas de profissão que atuaram naquele episódio, 18 anos depois, quando o processo arquivado foi novamente posto à disposição da justiça para novo julgamento, já que como foi colocado como do tipo "crime contra a Humanidade", ele se tornou imprescritível. 
Leitura obrigatória para entendermos o que eram aqueles anos de exceção e se preparar para o discurso atual dos futuros governantes da nação.
Lançado originalmente em 1981 pela Editora Codecri (Pasquim), recebeu novos e fundamentais  depoimentos em 1999. Possui 156 páginas.


sábado, 15 de dezembro de 2018

Galeria



Galeria


Eva Renzi nasceu Evelyn Renziehausen, no dia 03 de Novembro de 1944 em Berlim, Alemanha. Faleceu em 16 de Agosto de 2005, Berlim, Alemanha. Alguns de seus filmes são: Funeral em Berlim (Funeral in Berlin-1966), Os Pássaros das Plumas de Cristal (L'ucello dalle piume di cristallo-1970) e A Filha Pródiga (La Fille Prodigue-1981).

Música



Change - Cindy Wilson



Álbum solo único da B52's Cindy Wilson que foi lançado em 2017. Ele mostra uma sonoridade diferente de sua antiga banda, algo que não ocorreu, por exemplo, com Kate Pierson, a outra voz feminina do grupo, quando se arriscou em carreira solo.
Seguem faixas  do disco:






quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Música



Samba Poconé - Skank



Um disco ótimo dessa banda mineira que é uma fábrica de sucessos. Samba Poconé é o terceiro álbum deles, que foi lançado em 1996 e me marcou muito por ser o primeiro que adquiri da banda.
Segue o disco na íntegra:


domingo, 9 de dezembro de 2018

Cinema



O Fio da Suspeita - Direção de Richard Marquand


Bom filme do diretor de O Buraco da Agulha, Quando Setembro Chegar, entre outros.
Neste, ele recorre ao chamado "cine de tribunais", onde brilha  Glenn Close no papel de Teddy Barnes, uma advogada famosa que optou por se afastar deste ramo do Direito, após uma carreira bem sucedida e uma frustração pouco esclarecida.
Teddy é impelida a retornar aos tribunais para defender Jack Forrester (Jeff Bridges), poderoso editor de um jornal. Ele está sendo acusado de ser o assassino da esposa, proprietária do órgão de informação, pois Jack é o herdeiro natural e legal. Ela ganhará uma grana alta.
Mesmo sendo avisada por várias pessoas, inclusive seu ex-colega, o promotor Krosny (Peter Coyote), que todas as evidências levam à confirmação do provável assassino, ou seja, Jack; Teddy avança nas investigações com auxílio de um veterano investigador, Sam Ransom (Robert Loggia) na busca de provar a inocência de seu cliente.
A situação piora que ela se apaixona por Jack e o desfilar de testemunhas agravarem as chances de êxito em sua empreitada.
Com um final surpreendente, O Fio da Suspeita demonstra mais um grande momento na carreira de Glenn.
Produzido em 1985, possui 109 minutos de duração.
Segue o trailer:




quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Cinema


O Culpado/ Culpa - Direção de Gustav Möller


Impactante filme dinamarquês que está fazendo carreira internacional.
Conta a história de Asger Holm (Jakob Cedergren), um policial que será julgado por assassinato e por conta disso, ele sai de sua rotina das ruas e fica de "molho", atendendo telefonemas e repassando os casos para o serviço externo.
Ele recebe a ligação de Iben, que se diz estar sendo sequestrada por Michael. Ela fala baixo pelo celular dentro de uma van branca.
Aos poucos, Asger vai colhendo informações com ela que o faz contatar com Michael e também Mathilde, a filha pequena de 7 anos que cuida de Oliver, um bebê de poucos meses apenas.
A tensão aumenta, quando Iben fala que a qualquer momento Michael ( a esta hora o telespectador já sabe que ele é o companheiro dela e pai dos jovens). O desespero bate em Asger que tenta dali, ou seja, de seu escritório evitar uma tragédia.
O interessante do filme e que aumenta o suspense, consequentemente, o drama, é que não há a presença de Iben, Michael, Mathilde e até mesmo de Rashid, parceiro de trabalho e testemunha no julgamento de Asger, apenas as vozes dos atores Jessica Dinage,  Katinka Evers-Jahnsen e Johann Olsen, respectivamente.
Grande filme produzido em 2018 com 88 minutos de duração.
Segue o trailer:


sábado, 1 de dezembro de 2018

Literatura


Dica de Leitura


Eu não sou Cachorro, não - Paulo Cesar de Araújo


Indispensável obra sobre a música popular brasileira que ficou rotulada como "cafona" nos anos 60 e 70 e mais tarde, "brega".
Não se trata apenas de um resgate musical, mas de um "tratado" sociológico da música no período que envolve a ditadura militar e a redemocratização de nossa pátria; desta forma, a análise abarca também a questão política, uma vez que muitos dos artistas  deste segmento, sofreram com a censura e a opressão dos governantes, bem como, dos contratantes de shows que botavam limites no repertório.
O autor apresenta os principais nomes da música popular como Nelson Ned, Paulo Sérgio, Agnaldo Timóteo, Odair José, a dupla Dom e Ravel, suas origens, sua importância na captura do sentimento das camadas sociais menos privilegiadas. Além disso, a conflitada relação dos mesmos com as gravadoras e o suporte que deram aos chamados cantores da elite dentro delas.
Igualmente, a adesão (ou apropriação) de suas músicas pelo regime militar se faz presente, assim como o sucesso internacional e o banimento que os "cafonas" sofreram pela maior emissora de televisão brasileira, dos principais jornais do país e das rádios FM.
Não fica só nisso, os órgãos que preservam a cultura do Brasil como o Museu da Imagem e do Som ou revistas especializadas em músicas, sempre desconsideraram este segmento da música nacional.
Outro ponto transcendental presente neste livro foi a explicação, a "localização" deste limbo em que se procurou colocar a arte mais próxima dos desvalidos ou trabalhadores humildes; isto é, não foram "filhos" nem da tradição, nem da modernidade, as duas vertentes que procuram identificar as origens dos grandes compositores e cantores da MPB.
Gostando ou não da música dos "cafonas", uma coisa é certa, ela está presente na história e na cultura do país.
Araújo tratou com dignidade e competência essa fatia do bolo cultural brasileiro.
Imperdível.
A Editora é a Record, possui 448 páginas, lançado em 2002. Está esgotado e nos sebos, ele virou "cult" com exemplares vendidos a peso de ouro.