Aqui vou tratar quase que exclusivamente de Música,Cinema e Literatura. Sugestões que serão pontuadas pela curiosidade, qualidade e algumas pela indisponibilidade na rede mundial.
Fiz um post recente sobre o livro que trata da história da Som Livre, a gravadora do grupo Globo, e, além de alguns talentos brasileiros, o catálogo dela era majoritariamente de trilhas sonoras de suas novelas e séries. Nestes casos, certos artistas possuíam "cadeira cativa", portanto, presenças quase permanentes, variando apenas os horários das novelas e suas trilhas.
Muitos destes nomes eram dublês de atores/atrizes e cantores/cantoras. Marília Barbosa era um destes casos e se saía muito bem, seja pela voz, pela interpretação ou pelo repertório de muito bom gosto, onde ela transitava regravando clássicos ou lançando autores ainda sem a consagração nacional, como foram os casos de Vital Farias (Caso você case), que a Som Livre incluiu na trilha da novela Saramandaia e de Djavan, Estória de Contador.
Uma obra produzida em 1978, relançada em 2011 pela gravadora Joia Moderna.
Considero Keith Moon o maior baterista de todos os tempos e sua morte precoce me trouxe o sentimento de que ninguém poderia substituí-lo no Who, mas em 1981, Kenny Jones, amigo da banda e ex-integrante do Small Faces e Faces, assumiu as baquetas e botou prá quebrar. Foi uma surpresa e tanto para mim.
Este Face Dances é o nono disco da banda inglesa e esta semana, eu fiz algo que não ocorria desde a minha adolescência, isto é, ouvir quatro vezes, sem parar, o mesmo álbum e valeu a pena.
Postagem para fãs e eu sou um deles há mais de meio século. Um tributo essencial para uma das figuras mais icônicas e influentes da Swinging London e do então incipiente Glam Rock nas décadas de 60 e 70.
Marc Bolan, líder da banda T. Rex morreu precocemente em 1977, há duas semanas de completar o seu trigésimo aniversário, num acidente automobilístico.
Neste documentário, além de suas imagens e performances, onde se veem Elton John, David Bowie, Ringo Starr, também são apresentadas versões de clássicos dele por artistas como U2, Joan Jett, Nick Cave.
Ritas - Direção de Oswaldo Saldanha e Karen Harley
Emocionante. Acho que este é o melhor resumo do documentário sobre uma das maiores cantoras brasileiras, recentemente falecida.
É interessante ver que os anos não alteraram o pensamento e a forma de se comunicar da roqueira. Lá estão a ironia, a acidez junto com a sensibilidade, o humor e a antevisão dos acontecimentos. Rita, geralmente, esteve à frente de seu tempo, mas sem arrogância ou empáfia.
Com farto material pessoal e de shows, entrevistas, filmes, programas de tevê, clipes, o documentário emociona, principalmente, a fase mais recente pelo fato de se saber o desfecho que culminou com o seu passamento, mas é grandioso também, não apenas pela importância e protagonismo da ex-Mutante, porque ao passear pela vida dela, o telespectador tem um "painel" dos duros anos que o país viveu, porém, no contraponto, a efervescente cena cultural do Brasil se faz presente.
Vale a pena assistir. Mais um trabalho marcante de Rita Lee.
Fiz questão de postar em sequência, dois livros que têm "parentesco", o Teletema- Vol. 1 e este de Hugo Sukman, porque a gravadora Som Livre, criada em 1969, veio para dar suporte às trilhas sonoras das novelas da Rede Globo, mas não apenas isto, como logo nos primeiros anos ficou evidenciado o fato, já com a consagração de Djavan, Novos Baianos, Moraes Moreira em carreira solo e principalmente, Rita Lee. Esta última que levou a gravadora ao topo das vendas.
Três nomes foram fundamentais na criação da Som Livre: João Araújo, Boni Oliveira e José Otávio Castro Neves. Aliás, João (também pai de Cazuza) ficou três décadas à frente da gravadora.
Ele (o trio) foi construindo uma trajetória que inclui lançamento de Djavan e dos Novos Baianos, a transformação de Rita Lee na maior vendedora de discos por décadas, dar a chance para o Barão Vermelho e seu vocalista, Cazuza, além de várias trilhas infantis como a de O Sítio do Pica-pau Amarelo.
O livro avança até o sucesso do sertanejo e a venda da empresa para o grupo Sony.
É mais de meio século da história da música no Brasil, onde a gravadora nacional tem papel de destaque.
A Editora é a Globo, lançado em 2024, possui 238 páginas.
Sridevi Kapoor nasceu Shree Amma Yanger Ayyapan em Meenampatti, Índia, no dia 13 de agosto de 1963 e faleceu em Dubai, Emirados Árabes, em 24 de fevereiro de 2018.
Alguns de seus filmes são: A Fúria da Cobra (Nagina-1986), Sr. Índia (Mr. India-1987) e Mom (Mom-2017).
Talvez seja o conjunto mais talentoso da história da música brasileira. Todos os integrantes são "feras", multi-instrumentistas, com reconhecimento internacional.
Airto Moreira, percussionista que fez carreira no exterior com a companheira Flora Purim, Heraldo do Monte, guitarrista, talvez o maior produzido no Brasil, Theo de Barros, baixista e compositor de Disparada em parceria com Geraldo Vandré, único falecido e Hermeto Pascoal, o bruxo, neste álbum, sopros.
Como mencionei, são multi-instrumentistas, apenas coloquei o instrumento que eles preferencialmente tocaram neste disco impecável produzido em 1967.
Clássico da música popular brasileira, uma dupla infalível nas trilhas sonoras de novelas, em especial, da Rede Globo, além de um tremendo trabalho em seus álbuns como este chamado Mudei de Ideia, disco de estreia.
Filme tcheco que mostra aquele momento em que boa parte das pessoas passa: a hora de parar, de se aposentar. E essa decisão, Josef (Zdeněk Svěrák) toma num momento de insatisfação diante da classe de alunos, onde ele leciona Literatura. Descontrola-se e é chamado para a Direção. Após palavras duras da diretora, Joséf "pede o boné", isto é, vai se aposentar.
Ele é casado com Eliska (Daniela Koralová) que, além de cuidar da casa, dá aulas de alemão para um homem maduro chamado Rezác (Pavel Landosvsky). A união deles está numa perigosa rotina de acomodamento. O casal tem uma filha, Helenka (Tatiana Dyková), que possui um filho pequeno, criado sem a presença do pai, por isso, recorre aos avós do menino para aguentar o dia a dia.
Josef acha que ainda é cedo para parar definitivamente com um emprego regular e tenta ser entregador dos correios, utilizando uma bicicleta. O resultado é óbvio: pela urgência das entregas, ele sofre um acidente, machucando o pé. Perde o vínculo.
Não satisfeito, encontra uma atividade num supermercado, recebedor de vasilhames vazios, onde divide espaço com outros dois funcionários, um jovem que sonha estudar e encontrar uma namorada e um veterano de guerra, surdo, prestes a deixar a função.
Nesta nova fase, Josef vai experimentar emoções que mexerão com a sua vida e a de sua família.
Muito bom filme da diretora espanhola Maria Ripoll, onde o personagem central, Emílio, interpretado pelo argentino Óscar Martinez, é um professor universitário de matemática, aposentado, que dá os primeiros e irreversíveis sinais de sofrer do mal de Alzheimer e, óbvio, nega peremptoriamente a condição, fazendo a contragosto os testes, duvidando dos indícios que eles acusam.
No entanto, aos poucos, ele se dá conta da possibilidade e resolve ir atrás do seu amor de infância, Margarita, vivido por Valeria Schoneveld na fase jovem e Isabel Requena, adulta, antes do cruel avanço do Alzheimer.
Emílio tem uma filha, Julia (Inma Cuesta), casada com Felipe (Nacho Lopez) e mãe de Blanca (Mafalda Carbonell), esta que possui um defeito físico na perna, mas que está sempre bem-humorada e é o elo da família.
Quando Emílio resolve viajar de carro à procura de Margarida, Blanca "se escala" para ir junto e, após problemas já consequentes da doença do ex-professor ocorridos na estrada, Julia e Felipe resolvem auxiliar na busca pela antiga paixão de Emílio.
Há "furos" no roteiro, porém, os diálogos e a qualidade dos atores seguram toda a película até o final surpreendente.