Paul Newman definiu assim a película: “Algumas pessoas dirão que é um
filme de tribunal, e não é. Dirão que é um ataque à Igreja Católica, e não é.
Dirão que é um ataque aos hospitais, e não é. É, na realidade, sobre a redenção
de um ser humano.”.
Começo desta forma, esta crônica, porque O Veredito é acima de
qualquer definição, uma obra sobre a recuperação moral do homem, representado
por Frank Galvin (Paul Newman), um advogado fracassado, que possui um passado
de profissional promissor, mas que numa “curva da estrada”, “atravessou o
samba” de sua vida. Assim sendo, vive de pequenas artimanhas e afoga as mágoas
no uísque.
O único e verdadeiro amigo é Mickey (Jack Warden), seu antigo professor de Direito. Mickey consegue
um caso para Frank, um erro médico, que deixou a paciente em estado vegetativo
no hospital.
Acontece que este hospital é administrado pela Igreja
Católica e aí vira luta do bodoque contra armas químicas. Um escritório
poderoso capitaneado por Ed Concannon (James Mason) cuidará da defesa.
À partir da negativa de acordo, que daria uma quantia
substancial para os representantes da vítima, feita por Galvin, ele enfrentará
também a indignação do cunhado dela, situação amenizada pela esposa, Sally
(Roxane Hart).
Na trama aparece a namorada de Galvin, Laura Fischer, mais uma personagem misteriosa
na extensa carreira de Charlotte Rampling.
O final é previsível, mesmo assim, não tem como não se emocionar
com a vitória de Galvin, além dos “45 minutos do segundo tempo”.
Produção de 1982. Tem 129 minutos.
Imperdível.
Segue o trailer:
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