Dica de Leitura
A Trégua - Mario Benedetti
Li na sequência, dois livros do escritor uruguaio, Mario Benedetti, falecido em 2009; são elas "Gracias por el Fuego" e este, A Trégua, obra mais famosa dele.
O segundo citado, conta a história de Martin Santomé, um homem de 59 anos, prestes a chegar ao ponto da aposentadoria em um escritório com um dia-a-dia de encarar papeis, cálculos e projeções.
Santomé é viúvo (de Isabel) tem 3 filhos morando com ele; Esteban, Jaime Blanca numa relação que o autor mostra ser fria, com uma afetividade em doses homeopáticas.
Em seu serviço, ele acaba se afeiçoando por Avellaneda, uma colega bem mais jovem. Inicialmente, Santomé resiste e até se acha ridículo, mas, aos poucos, percebe que há uma reciprocidade da jovem de 24 anos.
Avellaneda subverte toda a expectativa dos meses seguintes de Martin, a vida cinzenta sem grandes emoções que ele imaginava depois da aposentadoria, dando cores novas a ela.
Contado sob a forma de um diário, A Trégua transparece a personalidade machista de Santomé, tanto na relação com (Laura) Avellaneda, quanto ao receber a revelação da homossexualidade de seu filho predileto; também na comparação entre sua relação com a falecida esposa e seu novo romance. Mas isso é mais a qualidade do texto do que convicção do autor.
Lançado em 1960, o que li é da Editora L & PM, possui 158 páginas.
Uma obra-prima.
Que bom que gostaste, tio!
ResponderExcluirE gostei mais ainda do A Borra do Café. Sensacional.
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