segunda-feira, 5 de maio de 2025

Cinema


Uma Canção para Carla - Direção de Ken Loach 

Sou fã de carteirinha deste diretor britânico, então, sou suspeito quanto às avaliações sobre alguma obra deste cineasta, quase 89 anos e ativo.

Este que posto é um "menor" dele, se pegarmos toda a sua filmografia, ainda assim, é cativante, reflexivo, uma história de amor que traz surpresas pela imprevisibilidade dele se concretizar.

A história começa em Glasgow, Escócia, quando George (Robert Carlyle), pouco interessado em manter o seu emprego de motorista de ônibus, resolve ajudar uma passageira, que sabe-se depois, tratar-se de Carla, uma imigrante ilegal, que vive dançando nas ruas, onde ganha moedas, como é tão comum em vários países, os artistas de rua.

Arriscando tudo, emprego, antigo relacionamento amoroso e familiar, George passa a seguir a moça misteriosa. Aos poucos, forçando encontros, ele consegue se aproximar de Carla (Oyanka Cabezas) e, ao descobrir seu passado de revolucionária (ela é sandinista) e a causa de sair de seu país, Nicarágua, ele a convence a voltar e tomar conhecimento da situação de familiares, companheiros de luta e até de Antônio, o namorado, cujo paradeiro ela desconhece.

Voltando à América Central, o casal se depara com a pobreza da população, que sofre a guerra entre os Sandinistas que depuseram Somoza em 1979 e o apoio do governo Reagan aos contrarrevolucionários, apelidados de "Contras".

Os horrores da guerra e a incerteza do futuro vão mexer com os destinos de George e Carla.

No elenco está Scott Glenn no papel de um norte-americano (Bradley), que se "bandeou" para o lado socialista da guerra.

Produzido em 1996, possui 127 minutos.

Segue o trailer:



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