Uma Canção para Carla - Direção de Ken Loach
Sou fã de carteirinha deste diretor britânico, então, sou suspeito quanto às avaliações sobre alguma obra deste cineasta, quase 89 anos e ativo.
Este que posto é um "menor" dele, se pegarmos toda a sua filmografia, ainda assim, é cativante, reflexivo, uma história de amor que traz surpresas pela imprevisibilidade dele se concretizar.
A história começa em Glasgow, Escócia, quando George (Robert Carlyle), pouco interessado em manter o seu emprego de motorista de ônibus, resolve ajudar uma passageira, que sabe-se depois, tratar-se de Carla, uma imigrante ilegal, que vive dançando nas ruas, onde ganha moedas, como é tão comum em vários países, os artistas de rua.
Arriscando tudo, emprego, antigo relacionamento amoroso e familiar, George passa a seguir a moça misteriosa. Aos poucos, forçando encontros, ele consegue se aproximar de Carla (Oyanka Cabezas) e, ao descobrir seu passado de revolucionária (ela é sandinista) e a causa de sair de seu país, Nicarágua, ele a convence a voltar e tomar conhecimento da situação de familiares, companheiros de luta e até de Antônio, o namorado, cujo paradeiro ela desconhece.
Voltando à América Central, o casal se depara com a pobreza da população, que sofre a guerra entre os Sandinistas que depuseram Somoza em 1979 e o apoio do governo Reagan aos contrarrevolucionários, apelidados de "Contras".
Os horrores da guerra e a incerteza do futuro vão mexer com os destinos de George e Carla.
No elenco está Scott Glenn no papel de um norte-americano (Bradley), que se "bandeou" para o lado socialista da guerra.
Produzido em 1996, possui 127 minutos.
Segue o trailer:
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