sábado, 12 de novembro de 2011

Aqueles Cães Malditos de Arquelau


Em 1993 ou 94 assisti a uma palestra do professor José Sebastião Witter, então diretor do Museu Ipiranga de São Paulo e me chamou a atenção o seu entusiasmo com relação ao livro “Aqueles Cães Malditos de Arquelau” do paulista Isaías Pessotti. Como sempre faço nessas ocasiões, anotei cuidadosamente a dica e esta obra entrou na lista dos livros que leria.
Foi uma grata surpresa, pois jamais ouvira falar do autor que mais tarde descobri tratar-se de um professor de psicologia da Universidade de São Paulo(USP) e ser essa a sua primeira obra. Uma grande estréia, pois com ela, Pessotti ganhou o renomado prêmio Jabuti de 1994 mais a eleição de“O Livro do Ano” pela Câmara Brasileira do Livro.
A história me remeteu ao clássico “O Nome da Rosa” de Umberto Ecco, pois há vários elementos semelhantes entre os dois como o suspense de romance policial, a erudição do autor, intrincados enigmas e charadas, paixões (quase) proibidas, também os personagens, neste caso vivendo na década de 60 na Itália, são obrigados a investigarem personagens misteriosos e desaparecidos como o Bispo Vermelho, mergulharem em outras épocas,especialmente, a Idade Antiga,destacando a cultura grega, nela, sobressaindo-se a figura de Eurípedes. Uma trama que prende o leitor até o final. Este, surpreendente, que desperta em que lê o desejo de voltar a alguns trechos, revendo os passos, movidos pela genialidade da construção do enredo.
“Aqueles Cães Malditos de Arquelau” de Isaías Pessotti, Editora 34, continua sendo um dos melhores livros que li nos últimos anos.
Para esta postagem, preferi a capa antiga da edição do meu exemplar.

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