Grande leitura. São dois
volumes, I com 307 páginas e II com 254, mas asseguro-lhes que se lê num ritmo
febril e entusiasmado, tanto para quem está familiarizado com este fenômeno
social, quanto àqueles que sequer ouviram algo a mais que o simples conceito de
Punk. É uma aula de sociologia patrocinada por música e atitude, um encontro
com todos os atores do movimento, principalmente pelos relatos de quem foi
protagonista direto ou viveu pelas bordas dos fatos. É um mergulho (expressão
batida), mas a mais apropriada para definir o que os autores realizaram; das
raízes que chamaram de proto-punk no lado oeste do Oceano Atlântico (EUA) até a
explosão mundial que irradiou-se a partir do lado leste deste mesmo oceano(Inglaterra).
Vão dos ícones Velvet Underground, MC5, Stooges, Patti Smith até os não menos
ícones da rebeldia Sex Pistols, The Clash, Siouxsie and The Banshees e afins,
todos estão lá, visceralmente revelados. As casas noturnas, as viagens
alucinadas, a vida nas ruas e nos lençóis (quando havia) das camas. A descrição
macro do movimento e também ínfimos detalhes, pequenas minúcias como por
exemplo, aquele em que Richard Hell, baixista do Television escreveu
"Please Kill Me" na sua camiseta e ao subir ao palco defrontou-se com
um fã que se prontificou a realizar o seu "desejo". Hell agradeceu,
mas nunca mais usou tal camiseta. Os autores do livro se inspiraram em tal
mensagem para escolher o título do livro. Legs McNeil também é responsável pelo
batismo, segundo consta na obra, foi ideia dele a palavra Punk. Há muito, muito
mais nas mais de 500 páginas dos dois volumes. Como o subtítulo aponta: Uma
história sem censura do Punk, acho que é isso mesmo! A Editora é a L&PM.
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