sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


            Blaxploitation- Cinema Negro Norte-Americano



Havia Sidney Poitier nos anos 60, mas era uma ilha negra no universo cinematográfico dos astros norte-americanos. A comunidade afro-americana não se via representada na tela; mais do que isso, estava sendo preterida em quase todos os segmentos da sétima arte; pois bem, chegaram os anos 70 e alguns corajosos se aventuraram a fazer filmes quase que 100% negro. Produtores, diretores, músicos, atores e tudo o mais foram se agrupando até surgir o cinema negro batizado de Blaxploitation, um neologismo de black (negro) e exploitation (exploração), que invariavelmente tratava de um mundo habitado por policiais, traficantes e prostitutas. São filmes de enredos fracos e interpretações duvidosas, mas de uma importância transcendental para o surgimento de vários expoentes de gerações seguintes como Mario Van Peebles, Spike Lee, Denzel Washington, Larry Fishburne, Samuel L. Jackson, Halle Berry e tantos outros. O próprio Quentin Tarantino homenageou o gênero, fazendo Jackie Brown, não por acaso, estrelado por um dos ícones do movimento, Pam Grier. Além dela, há Richard Roundtree, Jim Kelly, Richard Pryor,Tamara Dobson os diretores Gordon Parks Jr. e Melvin Van Peebles, pai de Mario e o grande pioneiro. Outro mérito incontestável da Blaxploitation foi a utilização de belas trilhas sonoras como por exemplo as de Isaac Hayes para Shaft, Curtis Mayfield em Superfly, Marvin Gaye em Trouble Man, além de James Brown e Earth, Wind and Fire no pioneiro "Sweet Sweetback's Badaaass Song" de Melvin Van Peebles produzido em 1971. Sem uma grande trilha sonora, dá para dizer que não é blaxploitation. Uma boa mostra do movimento contém os hoje considerados clássicos: Shaft, The Mack, Trouble Man, Coffy, Foxy Brown, Cleopatra Jones e Superfly (poster acima). Abaixo, um "aperitivo" com a música tema de Isaac Hayes para Shaft, ganhadora do Oscar de 1971 e o trailer de Coffy (1973) com Pam Grier :






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