Acabo de ver este drama lançado em 2010 que trata de um episódio vergonhoso para a França durante a ocupação nazista no governo colaboracionista de Vichy. Uma jornalista americana com anos de estrada em terras francesas, Júlia Jarmond, personagem vivida com grande intensidade pela ótima Kristin Scott-Thomas descobre muitas décadas depois, a história de judeus que foram confinados no Velódromo de Inverno em Paris no ano de 1942, e em particular a de Sarah (Melusine Mayánce), uma menina judia que escondeu o irmão menor num armário do apartamento em que viviam no bairro de Marais quando os policiais bateram à sua porta. Ela sofre com a prisão, a separação e perda definitiva dos pais e principalmente, com a dúvida com relação ao que teria acontecido a Michel, o mano trancado no armário. O enredo vai se desenvolvendo em tempos distintos, sem que o espectador fique atrapalhado. Há um certo exagero nas coincidências que o roteiro aprontou, porém, as interpretações excepcionais, em especial das atrizes citadas anteriormente, seguram bem todo o filme. Numa breve, mas importante aparição, está Aidan Quinn de "A Missão" e "Brincando nos Campos do Senhor". São 111 minutos.
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