Taí um filme polêmico. Para alguns, o diretor Jeunet escorregou ao pretensamente utilizar uma fórmula desgastada, vista inicialmente no sucesso Delicatessen e no esplêndido Fabuloso Destino de Amélie Poulain; para outros, este Micmacs é coerente e acrescentador a exitosa filmografia do francês. Estou alinhado entre os que aprovaram a película.
A história de Bazil (Dany Boon) é uma tragédia só. Na infância, perdeu o pai numa explosão de uma mina, anos depois, acidentalmente uma bala se aloja na sua cabeça e ele vira uma bomba-relógio no limite da sensatez. Perde o emprego e só encontra guarida num grupo de moradores de um ferro-velho completamente bizarro, aliás, marca registrada dos filmes de Jeunet. Bazil e seus novos amigos traçam um plano para destruir os fabricantes da arma e da mina que tanto mal lhe causaram. Um ponto relevante a ser mencionado é o cenário de um visual característico, já visto em Delicatessen, ora em tons pastéis, ora sombrio. Gostei muito, principalmente porque vi nele uma mensagem pacifista, ainda que a intenção inicial talvez não tenha sido essa. No elenco estão além de Dany Boon, o veterano André Dussolier, Yolande Moreau, Nicolás Marié. São 105 minutos.
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