Dica de Leitura
Diário do Ano da Peste - Daniel Defoe
O inglês Daniel Defoe que viveu entre os séculos XVII e XVIII, é conhecido especialmente por Robinson Crusoé e Moll Flanders, seus clássicos mundiais, além de ser o precursor do jornalismo moderno.
Uma obra menos conhecida tem mais a ver com essa condição de jornalista; trata-se deste que posto, onde a qualidade do texto e o realismo descritivo impressiona, parecendo que Defoe viveu o ambiente apresentado no livro. ou seja, a chegada e devastação causada pela Peste Bubônica que vinha assolando outras partes da Europa como Turquia e Holanda.
À partir da mistura entre realidade e ficção, Defoe relata o alastramento do mal, a ignorância e dúvidas da população quanto ao melhor combate ao inimigo desconhecido que implicava, por exemplo, na escolha entre a vida urbana ou o refúgio rural.
A ação das autoridades, seus vacilos, desconhecimentos, os religiosos minimizando o número de mortos para não assustar a população, a busca da cura, igualmente, estão pormenorizados no texto.
Também descreve a exposição dos trabalhadores (pobres) que se transformaram em fator de transmissão, óbitos e ampliação da doença.
Situação que só foi debelada no momento em que as autoridades resolveram investir na medida que determinou o isolamento social e normas de higiene mais rigorosas.
Uma obra escrita na primeira metade dos anos 1700, portanto, há trezentos anos, que deixa algumas lições para os tempos atuais.
O meu exemplar é da Artes e Ofícios, possui 287 páginas.
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