terça-feira, 23 de agosto de 2022

Cinema


À Plein Temps - Direção de Éric Gravel




Típico filme que me pega pela emoção. Um clássico francês dos nossos tempos, tempos sem espaço para o trabalhador comum relaxar. É isso que ocorre com esta película que no Brasil teve convenientemente o nome de Contratempos. Muito parecida com as obras do mestre Ken Loach.
Julie (Laure Calamy) é uma batalhadora; cedo, ainda escuro, ela está de pé ajeitando o casal de filhos pequenos, onde mora na zona rural de Paris (ou quase isso) para deixar com uma cuidadora de idade avançada, Lucy (Geneviéve Mnich), com dificuldades para lidar com as agitadas crianças. Parte para o seu emprego num hotel de luxo, escutando o anúncio de uma iminente greve dos transportes e aí está um dos méritos do filme, ele transmite a ansiedade, a situação limite que a protagonista vai passar até a última cena. A música se encarrega de dar o toque final para o espectador aderir ao clima de aflição integral.
Julie está aguardando uma entrevista para mudar de emprego, algo que tem mais a ver com a sua formação profissional, porém, o seu dia-a-dia é implacável na questão de tempo; ela está sempre negociando com colegas, amigos e até a cuidadora de seus filhos, pequenos lapsos para a sua vida fora de seu local de trabalho, e, lógico, o custo disto vai lhe trazer situações embaraçosas até a chegada da mais extrema, que irá se tornar incontornável.
Produção de 2021, possui 88 minutos.
Segue o trailer oficial:



 

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