sábado, 22 de outubro de 2022

Literatura

 Dica de Leitura

2666 - Roberto Bolaño


Aclamada obra do chileno Roberto Bolaño, que está sendo considerada em várias eleições como a maior deste Século XXI.
Confesso que levei cerca de 4 meses para totalizá-lo, muito mais pela necessidade de conciliação como as minhas atribuições do que uma leitura chata ou enfadonha. Trata-se da maior produção do autor falecido, justamente a sua derradeira.
Um livro dividido em 5 partes: a dos Críticos, de Amalfitano, de Fate, dos Crimes e de Archimboldi, todas ricamente construídas com nexo, simplicidade sem perder a riqueza gramatical, cujo tema central é uma série de assassinatos de mulheres, geralmente, jovens, que permeia todas as partes do livro, praticamente.
A primeira, mostra intelectuais (5), uma inglesa, um espanhol, um italiano,  um francês e um norte-americano, admiradores de um gênio recluso, Beno von Archimboldi, desaparecido sem, aparentemente, deixar vestígios.
A segunda, apresenta a narrativa sob o ponto de vista de Archimboldi, um professor universitário com suas dúvidas e inquietações do que está fazendo em Santa Teresa, no México (aliás, todas as histórias acabam passando neste país), seja na profissão e em laços familiares.
A terceira chamada de a de Fate, narra a peripécia de um repórter negro norte-americano destacado para cobrir uma luta de boxe entre um conterrâneo e um mexicano, isso, no México. Não é a "praia" dele, ele não é repórter esportivo o que faz com que comece a ter outros interesses, em especial, os assassinatos na região.
A quarta parte, a dos Crimes, a criatividade de Bolaño é apresentada em sua potência maior ao descrever os assassinatos em sua crueldade, violência e horror.
A última, volta a figura do escritor Archimboldi, onde a sua origem e trajetória vão sendo reveladas.
Produzido em 2004, a editora é a Companhia das Letras, possui 856 páginas.
Um clássico da literatura mundial, sem dúvida.

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