domingo, 1 de janeiro de 2023

Cinema


Agenda Oculta - Direção de Ken Loach 


Dizer que é um grande filme de Ken Loach é algo redundante. O diretor  inglês nos brindou em 1990 com esta obra que é muito semelhante ao trabalho de Costa-Gavras em Desaparecido: um grande mistério, realizado em 1982, tendo como "pano de fundo" o desaparecimento de um jornalista norte-americano no Chile, durante a ditadura de Pinochet.

Neste, logo após os créditos tradicionais de início de um filme, vem a mensagem de Margareth Thatcher, primeira-ministra inglesa no sentido de sempre considerar na Grã-Bretanha, a Irlanda do Norte.

As próximas cenas mostram um homem, Harry (Maurice Roëves) entregando um pacote para Sullivan (Brad Dourif), um importante advogado norte-americano que luta pelos Direitos Civis. Era uma fita cassete cujo conteúdo ao longo da história se mostrará importante e com alto poder de destruição.

Sullivan é namorado de Ingrid (Frances McDormand), que está na mesma causa que busca entender e denunciar os crimes que o governo britânico pratica na questão separatista da Irlanda do Norte que envolve o Exército Republicano Irlandês (IRA). 

Sullivan na busca de maiores informações é morto numa cilada, juntamente com Molly (Brian McCain), um militante dos separatistas. Os assassinatos foram praticados por agentes do governo inglês, mas com a versão de legítima defesa, ante a ação da dupla morta. Importante! a fita cassete desaparece.

O agente Kerrigan (Brian Cox), britânico, mais seu auxiliar, Maxwell (John Benfield), é designado para esclarecer as mortes. À medida em que avança com o apoio de Ingrid, fica a  fragilidade da versão da polícia britânica, que através de seu chefe local, Brody (Jim Norton), demonstra haver pouco interesse em desvendar os crimes.

Avançando, Kerrigan começa a desvelar o novelo que vai subindo de "escala" na hierarquia do governo semelhante ao roteiro de outro filme de Costa-Gavras, o clássico Z, de 1969.

O final é previsível para quem não acredita nas instituições públicas e nos governos ditos democráticos. Cruelmente real.

Produzido em 1990, possui 108 minutos.

Imperdível.

Segue o trailer:





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