sábado, 28 de dezembro de 2024

Música


Old Loves Die Hard - Triumvirat



Disco da metade da década de 70, onde o trio original alemão (Jurgen Fritz, Hans Bathelt e Dick Frangenberg) incluiu um vocalista inglês, Barry Palmer.
É um dos principais de sua carreira. Trata-se do quarto disco.
Produzido em 1976, segue o álbum:



terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Cinema

Jurado Nº 2 - Direção de Clint Eastwood 

Mais um grande filme de Clint Eastwood, que completou 94 anos em 2024. Desta vez, uma história de "júri", onde há elementos que lembram outros filmes como 12 Homens e uma Sentença, de Sidney Lumet e Wolfsburg, de Christian Petzold, quais sejam, a morte da vítima, a aparente consistência das provas e a investigação paralela à polícia.

A história começa, quando Justin Kemp (Nicholas Hoult) que espera o seu filho primogênito com Alisson (Zoey Deutch), é o segundo jurado selecionado na composição de 12 no caso, onde James Michael (Gabriel Basso) é réu num processo de assassinato, cuja a vítima era sua namorada Kendall (Francesca Fisher). 

Toni Colette é a promotora, que está em campanha política e Chris Messina, o advogado da defensoria pública.

Justin, conforme os depoimentos vão se sucedendo, tenta por em dúvida a efetiva autoria do crime, junto aos demais jurados, algo difícil, pois, há unanimidade com relação à culpa do réu.

Produzido em 2024, possui 113 minutos. Segue o trailer:



quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Cinema


A Gardênia Azul - Direção de Fritz Lang 

Mais uma obra que posto do mestre alemão Fritz Lang, já radicado nos EUA. Trata-se de A Gardênia Azul, gênero "noir", contando a história de Nora (Anne Baxter), uma funcionária da central telefônica da cidade, onde trabalham mulheres bonitas e assediadas (outro tempos, evidente), que divide apartamento com mais duas amigas, Crystal (Ann Sothern) e Sally (Jeff Donnel).

Ela está apaixonada há anos pelo namorado que está na Ásia, servindo ao exército norte-americano no conflito com a Coréia. Enquanto suas amigas saem para se divertir, ela preparou um jantar com direito ao champagne e foto do namorado à mesa, onde, em breve, abrirá a correspondência mais recente do seu amor.

Para sua surpresa, é uma carta de rompimento, onde ele pede compreensão, pois o inesperado o pegou: ele se apaixonou por uma enfermeira, quando esteve em Tóquio.

Arrasada, Nora, não acredita. Neste momento, toca o telefone e uma voz masculina a convida para sair, ligação que era para uma das suas colegas de apartamento. Ele, ainda confusa, resolve que aceitar e tentar superar o que contem a carta fatídica.

Trata-se de Harry Prebble (Raymund Burr), o autor do telefonema. Ele a convida para ir ao bar Gardênia Azul, onde Nat King Cole se apresenta (no filme, o cantor interpreta justamente, The Blue Gardenia, um de seus muitos sucessos).

Prebble, um incorrigível conquistador, a embebeda e ambos vão para a casa dele, onde prosseguem bebendo. Após, ela, embriagada, confunde-o com o antigo amor, ele tenta se aproveitar. Mesmo tonta, Nora consegue se desvencilhar, se defendendo com uma peça de ferro que é usada em lareiras. O atinge na cabeça e sai desesperada, já sem os sapatos que tirara, antes de deitar no sofá, deixando também, o seu lenço, que Prebble usou, quando se cortou, abrindo o espumante. 

No som, toca um disco de Nat King Cole, também. (Atenção! importante para o desfecho nas cenas finais).

No dia seguinte, Nora descobre pelos jornais, que Prebble morreu assassinado e no local aparecem objetos femininos.

O jornalista Casey (Richard Conte) e a polícia, iniciam uma perseguição no intuito de descobrir a responsável pelo crime, uma vez que, misteriosamente, as impressões digitais da assassina, não foram encontradas em todo o local do crime.

Produzido em 1953, possui 90 minutos. Segue o filme na íntegra:



domingo, 15 de dezembro de 2024

Literatura

Dica de Leitura

A Infância dos Mortos - José Louzeiro 

O autor é um dos maiores nomes neste gênero literário e a Infância dos Mortos, talvez, a obra mais famosa, depois que Babenco se inspirou nela para criar Pixote, a Lei do mais Fraco, 1980, portanto, três anos após o livro de Louzeiro.

Li em Julho deste ano e fiquei impressionado com blogs e assemelhados que fazem resenha crítica do livro, utilizando a história da telinha, um absurdo, porque o personagem Pixote, para ficar num exemplo das diferenças, morre no início, nas páginas do texto do autor, ou seja, embora lembrado ao longo da trajetória dos meninos, suas desventuras, agruras e luta pela sobrevivência, o personagem Pixote passa distante de ser o foco principal do que é contado no livro.

Na verdade, com situações análogas e final parecido, a Infância dos Mortos, que, após o sucesso do filme, ganhou um subtítulo (Pixote), narra o dia-a-dia de um grupo de "pivetes" que luta para sobreviver. Encaram as dificuldades como abusos e violência doméstica, a perseguição policial, praticam pequenos delitos, sofrem a discriminação de parte das pessoas que cruza o caminho deles, assim, permanecem solidários, criando uma célula familiar mesmo com desajustes e ganham a compreensão de outros elos enfraquecidos como as prostitutas.

 Seguem sonhando com uma vida mais generosa.

O leitor sensível verifica ao correr da trama, que não há redenção para estes meninos e adolescentes, pois são tantas as armadilhas em que caem, por consequência, resta o grupo acuado,  dizimado aos poucos, acumulando frustrações e revoltas dos sobreviventes.

Fica o sentimento que a sociedade civil e o Estado falham no cuidado e recuperação desta parcela, que se defende como pode num confronto desigual, onde representam o lado mais fraco deste complexo mundo das relações humanas.

Escrito em 1977, o meu exemplar é do Círculo do Livro, possui 301 páginas.

Um clássico.

Galeria

Galeria 

Karina Lombard nasceu no dia 21 de Janeiro de 1969, no Taiti, Polinésia Francesa. Alguns de seus filmes são: Lendas da Paixão (Legends of the Fall-1994), O Último Matador (Last Man Standing-1996) e Kull, o Conquistador (Kull, the Conqueror-1997).

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Música


Some Things Never Change - Supertramp 



Tentei ouvir Supertramp após a saída de Roger Hodgson em 1982, um dos compositores e vocalistas da banda inglesa. Não "rolou". Me soou como se os Rolling Stones perdessem Keith Richards, não tinha como. 
Arquivei a banda até me deparar com este álbum de 1997. Comprei o  cd, botando na cabeça: -  Ouça naturalmente, sem o preconceito de considerar o grupo incompleto, sem Hodgson.
Na primeira audição, não me chamou a atenção, mas como estava escrevendo simultaneamente ao som deles, repeti mais três vezes, isto é, rodei quatro sequências e percebi que é um grande disco. Diferente de "outrora", mas muito bom.
Segue a obra:


domingo, 8 de dezembro de 2024

Música

Caminhos - Gerson Rios Leme 


Multiinstrumentista santa-mariense, produtor musical, professor, Gerson lançou este álbum que já nasceu clássico. É de 2002, possui 13 faixas. Seguem algumas delas. Disco espetacular.






sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Cinema


Ainda estou aqui - Direção de Walter Salles 


Mais uma obra impactante do diretor Salles. Desta vez, a película é baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva e traz a história terrível sofrida pela família Paiva, em especial, a luta e resistência de Eunice, esposa do ex-deputado, sequestrado, torturado, assassinado e  com o corpo jogado ao mar pela ditadura militar.

O filme faz grande bilheteria, o que comprova que há público para o cinema nacional. É concorrente ao Oscar, mas, o melhor prêmio é desvelar a todos os mais jovens, o que foram aqueles anos terríveis, ainda mais, quando tentaram recentemente, subtrair da sociedade, o mais nobre elemento da cidadania, isto é, o direito de escolher seus mandatários, através do frustrado e patético movimento das forças reacionárias do Brasil em 2022 e Janeiro de 23.

Produzido em 2024, possui 135 minutos.

Absolutamente, indispensável!

Segue o trailer oficial:




quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Cinema

Queen & Slim - Direção de Melina Matsoukas


Aqui está um filme perfeito. Tudo nele funciona, a fotografia, o enredo, as interpretações, a trilha sonora. Um pouco de Bonnie and Clyde no que se refere a um casal em fuga, visto que não se trata de assassinos, a semelhança termina aí e Vidas Negras Importam (Black Lives Matter), além de ser um autêntico road movie.

A história começa com o encontro afetivo de Queen (Jodie Turner-Smith) e Slim (Daniel Kaluuya),  depois de meses de troca de correspondências. Na real, eles são Angela Johnson, uma advogada e Ernest "Ernie" Hines, que parece estar mais interessado na relação do que a jovem, esta que viveu um momento frustrante na carreira ao ver o seu cliente condenado à morte pela justiça.

Após esse contato presencial, o primeiro, Ernie dá carona para Angela e comete uma pequena infração de trânsito, a falta de uma sinalização. Eles são parados por um policial, que se mostra arrogante e intransigente. A temperatura dos ânimos esquenta, em especial, para Angela, que como advogada, exige determinados procedimentos padrões, o que leva ao destempero do policial, que atinge com um tiro a perna da garota. Ernie entra em luta corporal e na briga, ele, defensivamente, atira e mata o policial com a arma deste.

Eles saem do local, deixando o corpo estirado, iniciando um périplo por vários estados norte-americanos, porque Angela/Queen não acredita na isenção da justiça para com os negros. Vale lembrar que Cleveland, Ohio, foi o local escolhido para o começo da trama, cidade onde a polícia matou um negro em uma abordagem semelhante. Quem iria acreditar na versão deles?

O incidente acabou gravado pela câmera do policial e a dupla virou manchete nos jornais e noticiários de tevês. A população negra apoia e vê neles (Queen e Slim) dois representantes legítimos da resistência aos desmandos da polícia e torce para que o objetivo de chegar a Cuba se efetive, enquanto a polícia inicia uma caçada intensa.

Há vários elementos presentes no decorrer do trajeto como a dependência e risco de tratar com pessoas estranhas, isto é, sem outra alternativa, eles tem que confiar, o que em algumas vezes, a traição esteve presente, mas tem também o apoio do tio, um cafetão, cujo caráter é "humanizado" nas suas ações, quando protege Queen e Slim, além da revelação de suas vidas, antes deste acontecimento.

Produzido em 2019, possui 133 minutos.

O melhor filme que vi este ano.

Segue o trailer:






segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Literatura

Dica de Leitura

Pedro Páramo - Juan Rulfo


Depois que li duas obras do paraguaio Augusto Roa Bastos, vi que elas integravam um seleto grupo de clássicos da literatura latino-americana, onde está incluída a obra de estreia do mexicano Juan Rulfo, aliás, depois dela, apenas publicou mais uma. 
Assim, fui em busca do livro, pois em todas as pesquisas e referências, ele sempre recebeu elogios máximos, superlativos.
Realmente, a história de Juan Preciado, que tem que cumprir promessa à mãe em seus últimos dias de vida, qual seja, a de ir atrás de informações sobre o seu pai, Pedro Páramo, é excelente. Assim, ele chega a Comala, a cidade, mas encontra esta deserta. As poucas pessoas que se envolve são espíritos que parecem já estar esperando a sua vinda.
A figura paterna vem sendo desvelada página a página, onde se descortina um ser malvado e assassino, cuja a crueldade é uma de suas maiores características.
Juan Rulfo através desta narrativa classificada como realismo-fantástico, Rulfo mostra o país tirânico de seu tempo, cuja a destruição é um caminho inevitável. 
Produzido em 1955, o meu exemplar é da Edições Best-Bolso, possui 139 páginas.
Uma obra-prima.