Dica de Leitura
Na Barra do Catimbó - Plínio Marcos
Dica de Leitura
Na Barra do Catimbó - Plínio Marcos
Galeria
Keke Palmer nasceu Lauren Keyana Palmer em Harvey, Illinois, EUA, no dia 26 de Agosto de 1993. Alguns de seus filmes são: Prova de Fogo, uma História de Vida (Akeelah and the Bee-2006), Imperial Dreams (Imperial Dreams-2014) e Alice (Alice-2021).
Cristina - Cristina Buarque
Faleceu a paulistana Cristina Buarque aos 74 anos. Lembro dela lançando o elepê "Cristina", no ano de 1974.
Carregava um nome pesado, tanto pelos pais, quanto pelos irmãos. Embora a sua discrição, ela deixou um legado para o Samba, que aparece já neste disco que posto, onde estão presentes composições de Manacéa, Cartola, Noel Rosa, Ivone Lara, Ismael Silva, ícones do gênero musical.
Fica minha homenagem com o disco abaixo:
Loaded - Velvet Underground
Estou lendo a biografia de Lou Reed, líder do antológico Velvet Underground, grupo influenciador dos movimentos punk, glam rock e de grandes nomes do rock como David Bowie.
A relação com Andy Warhol, artista plástico e agitador cultural dos anos 60, ícone da pop art, resultou em álbuns viscerais como o "da Banana", onde sua banda recebeu a participação de Nico, a musa alemã, e o segundo, White Light, White Heat, 1968, ambos com o Velvet em sua formação clássica: John Cale, Lou Reed, Sterling Morrison e a baterista Maureen "Mo" Tucker.
E sempre que se menciona o Velvet, parece que sua obra acaba ali, com dois discos e dois anos. No entanto, após a "expulsão" de John Cale e o ingresso em seu lugar do baixista Doug Yule, houve a continuidade com mais trabalhos, o de 1969 e Loaded, de 1970. Os demais, por não ter nenhum dos membros fundadores, eu não considero.
Escolho este de 1970, Loaded, porque é muito bom e é esquecido, parecendo de forma errada, que a qualidade do Velvet desapareceu, após a saída de John Cale.
Seguem faixas do disco:
Elis & Tom - Direção de Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay
They shot the Piano Player
Direção de Fernando Trueba e Javier Mariscal
Excelente filme de animação que, através da investigação de um escritor norte-americano, Jeff, conta a história fatídica de Tenório Jr., conceituado pianista com formação em jazz, mas muito identificado com o movimento Bossa Nova.
O período abordado capta duas décadas, os efervescentes anos 60 (cultural) e 70 (antidemocrático), isto é, o sucesso da nova música brasileira nos EUA e as atrocidades ocorridas na América Latina, neste caso, Brasil e Argentina, este último país, onde Tenório Jr. saiu para ir à farmácia, acabou confundido pela polícia política, preso, torturado, assassinado e desaparecido.
Tendo como fio condutor este episódio criminoso, o filme permite conhecer a criação, ascensão e os principais atores da Bossa Nova.
Os atores Jeff Goldblum e Tony Ramos emprestam as vozes aos personagens, além de Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Paulo Moura, Milton Nascimento, Edu Lobo, entre outros.
Realizado em 2023, possui 103 minutos.
Segue o trailer oficial:
Dica de Leitura
Quase Memória - Carlos Heitor Cony
Há autores que admiro pelo que escrevem, o profundo conhecimento e paixão pelo assunto discorrido página a página, que emociona o leitor, por exemplo, Eduardo Galeano.
Outros, admiro pela forma com que (d)escrevem a história, ou seja, a fluência do texto, a riqueza gramatical, a harmonia das palavras que tanto prazer fornece a quem tem acesso à obra. É o caso de Carlos Heitor Cony.
Em Quase Memória, o escritor carioca ganhou o prêmio Jabuti de melhor romance em 1996.
Uma ficção em forma de biografia, onde o tema principal acaba sendo também, o pai dele, Seu Ernesto, que começa com o jornalista recebendo um embrulho sem identificação, mas com todas as características daqueles confeccionados pelo pai, a letra, a tinta, o papel, em especial, o nó do barbante realizado com esmero e técnica, que ele só presenciou nos que Ernesto fazia. No entanto, o detalhe curioso: o genitor havia falecido há 10 anos e não havia sinais de desgaste no volume à sua frente.
Ao levar o pacote que recebera na recepção de seu local de ofício até a sua sala, Cony dá início à rememoração de sua relação com o pai. Começa assim, a desvelar para o leitor a sua história, o elo paterno e, de quebra, dos demais familiares.
Ernesto inspirou e influenciou a escolha pelo jornalismo do filho, pois também exerceu a profissão e esteve em momentos cruciais da história brasileira, com ênfase nos acontecimentos políticos. E em cada aventura/desventura e desvario do pai, o olhar de Carlos Heitor resultou em admiração, compreensão e condescendência, por mais que discordasse ou sofresse a consequência de um ato excêntrico de Ernesto.
Assim, o texto vai apresentando a vida de Cony e de Ernesto, sempre em memórias, sempre com o embrulho à frente, provocativo, embrulho esse que o filho reluta em abrir, antes de compreender a trajetória dele (o pacote), já que o remetente há uma década está em outra dimensão.
Um clássico, sem dúvida.
Publicado em 1995, possui 216 páginas, a editora é a Companhia das Letras.
Galeria
Roselyn Sánchez nasceu Roselyn Sánchez Rodriguez em San Juan, Porto Rico, no dia 02 de abril de 1973. Alguns de seus filmes são: A Hora do Rush 2 (Rush Hour 2 - 2001), Um Tira Acima da Média (Underclassman - 2005) e Treinando o Papai (The Game Plan - 2007).
Crooner - Milton Nascimento
Determinados discos me "pegam" de cara, a maioria. Outros, eu levo tempo para me acostumar com a sua riqueza, a sua qualidade, mas, depois, eles se tornam obras-primas à minha audição.
Aconteceu isso com este álbum, o Crooner, de Milton Nascimento, presente de aniversário há várias décadas dos amigos Varner e Nádia, ela já falecida.
Sempre gostei da arte de Milton, de sua voz, de suas composições, seus arranjos, que são personalíssimos. Talvez resida aí o meu estranhamento inicial ao ouvir Crooner, pois nele a maioria dos títulos é de outros compositores. Aqui, Milton é realmente "crooner".
Hoje, este que posto é um dos meus favoritos do carioca/mineiro, Milton Nascimento.
É de 1999, o seu vigésimo segundo.
Seguem as faixas:
Back in the USA - MC5
Incrível como ainda não havia postado os álbuns deste fenômeno do rock'n'roll. Essa banda tem lugar certo na história deste gênero musical.
Formado na cidade das montadoras de carros, Detroit, Michigan, daí decorre o nome Motor City e o número de integrantes (MC5) com destaque para os guitarristas Wayne Kramer e Fred "Sonic" Smith, este último, companheiro de Patti Smith, esta banda com muitas ideias revolucionárias acabou dispensada de várias gravadoras por ser considerada rebelde, até que conseguiu lançar o disco Kick Off the Jams, em 1969 pela Elektra.
A obra estourou, fazendo sucesso em seu país e no Canadá.
O disco que tenho dela é o segundo, Back in the USA, de 1970.
É porrada pura. Um clássico.
Seguem os petardos: