Dica de Leitura
Ainda Estou Vivo - Phil Collins
Excelente autobiografia do baterista, cantor, compositor e ator, Phil Collins, que surpreende por ser (imagino) extremamente sincera, apresentando momentos delicados de sua vida, algo que não se vê em outras obras deste tema.
Nascido em 1951, cedo, ele começou no teatro e o envolvimento com a música, em especial, com a bateria. Com essa gama de virtudes, ele participou de alguns eventos fantásticos, como participar na plateia com um figurante histérico das gravações do primeiro longa dos Beatles. Verdade, que na edição, suas cenas foram cortadas.
Como fã de rock'n'roll, ele assistiu na primeira fila a apresentações do Who, Jimi Hendrix, John Mayall e Cream, para ficar em alguns exemplos.
Esteve em bandas que, no máximo, gravaram 1 disco e, aos 20 anos, Phil recebeu um convite inusitado, qual seja, ir até o histórico estúdio Apple para participar de gravações que não sabia exatamente de qual beatle. Era de George Harrison, que precisava de um percussionista adicional na música Art of Dying, mas novamente, ele viu a sua contribuição ser cortada na versão final do álbum triplo All Things Must Pass.
O seu ingresso no Genesis ocorreu com o grupo formado e necessitando de um baterista e, mais tarde, de um guitarrista. Portanto, Banks, Gabriel e Rutherford formavam o núcleo original da banda que se consagrou na vertente progressiva em evidência nos anos 70. Phil Collins e Steve Hackett completaram o que seria o quinteto da fase mais criativa do Genesis.
Com a saída de Peter Gabriel para carreira solo, Collins virou o novo vocalista, assim, teve mais espaço também nas composições e deu uma nova "cara", um novo som ao grupo, tornando-o mais "pop". Talvez por isso, o Genesis viu Hackett deixar a banda. Aí eles viraram três (nome de um dos álbuns).
A postura musical adotada elevou a popularidade do trio e os cofres viram entrar muita grana.
Paralelamente, Phil iniciou uma carreira solo, que se tornou ainda mais exitosa, fazendo hit atrás de hit. Muitos dos discos retratam suas desilusões familiares (foram quatro separações dolorosas), mas também a aproximação com o som negro norte-americano, oriundo da Motown.
Collins, sua música cresceu tanto que ele recebeu convites para musicar filmes da Disney como Tarzan e Irmão Urso. Igualmente, participou de vários festivais beneficentes como o primeiro Live Aid, onde conseguiu a proeza de se apresentar no mesmo dia na Europa e nos Estados Unidos.
Está tudo nas linhas de um grande livro.
Não é só para fãs, ele é uma lição de superação diante de tantos traumas psicológicos e físicos, que ele narra detalhadamente.
A editora é a Best Seller, possui 377 páginas, lançado em 2018.
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