Aqui temos o "noir" por excelência. Uma obra-prima onde é difícil apontar o que há de melhor neste clássico preto e branco de 104 minutos. São tantas as referências como a fotografia de Robert Krasker, Oscar daquele ano, a música belíssima e adequada de Anton Karas, o roteiro do escritor Graham Greene, a montagem de Oswald Hafferenrichter que mais tarde viria trabalhar no Brasil na extinta Vera Cruz, a direção do sempre genial Carol Reed ou ainda, desempenhos marcantes de Joseph Cotten, Alida Valli, Trevor Howard e logicamente, OrsonWelles.
Um pouco da história; fim da 2ª Guerra Mundial, um escritor norte-americano falido vai para Viena, uma cidade repartida em 4 partes pelos vencedores da guerra, convidado que foi por um amigo de longa data que está envolvido em um grande negócio. Ao chegar, depara-se com a morte deste que se metera em atividades criminosas. As circunstâncias do acidente que vitimou seu amigo lhe trazem desconfianças e ele, Holly Martins (Cotten) desiste de retornar para a América e começa a investigar os fatos. Envolve-se com a ex-amante do amigo, Anna (Alida Valli),uma clandestina, ao mesmo tempo que o chefe da polícia vienense ( Trevor Howard) passa a vigiá-lo cada vez mais de perto, colocando a sua vida e de Anna em permanente risco.O amigo supostamente falecido Harry Lime, papel de Orson Welles, tem uma participação menor que os demais personagens, mas de fundamental importância para o desenrolar deste suspense, especialmente na cenas finais, nos subterrâneos das ruas vienenses, evidenciando o clima "noir" em sua amplitude, ainda que este esteja presente em todo o filme. O Terceiro Homem tornou-se referência do seu gênero. Vale a pena vê-lo.
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