Aqui vou tratar quase que exclusivamente de Música,Cinema e Literatura. Sugestões que serão pontuadas pela curiosidade, qualidade e algumas pela indisponibilidade na rede mundial.
Stephen Stills 2 - Stephen Stills
Nunca - Sá e Guarabyra
Mais um álbum que posto desta grande dupla. Nunca é de 1974, portanto, há meio século e foi o primeiro sem Rodrix. Neste trabalho, Sá e Guarabyra tiveram acompanhamento do Terço, um ícone do rock nacional, mas exatamente, do progressivo.
Seguem faixas do disco:
Detroit Rock City - Direção de Adam Rifkin
Um clássico das sessões vespertinas na tevê. Diversão garantida, mesmo para quem não goste de rock.
Quatro amigos fundam uma banda e são fãs da Kiss. Descobrem que o quarteto vai se apresentar em Detroit e logo um pensamento único lhes vem à cabeça: conseguir ingressos para assistir o show.
Em 1978, Jam (Sam Hutington), Trip (James DeBello), Hawk (Edward Furlong, conhecido por ser o menino em Exterminador do Futuro II) e Lex (Giuseppe Andrews) arriscam tudo, como roubo de carros, serviços extras eventuais, fazer strip tease, tentar pegar grana de crianças, sempre rodeados por situações cômicas e frustrantes, que dão dinamismo e descontração ao filme.
Entre perdas e (re)conquistas dos ingressos, eles vão para as cenas finais sem a certeza de consguir ver a banda preferida.
A trilha sonora não se resume à musicas do Kiss, incluindo até a disco music.
No elenco ainda estão, também; Natasha Lyonne como Christine e Melanye Linsky, a Beth. Curiosa participação de Shannon Tweed, a loira conquistadora que se envolve com um dos rapazes, que na vida real é a esposa de Gene Simmons, baixista do Kiss e Pamela Bowen, a tenente do grupo de manifestantes anti Kiss, esposa de Paul Stanley, outro membro da banda.
O filme foi o pioneiro na forma DVD, antes mesmo do fim dos VHS.
É de 1999, possui 95 minutos. Segue o trailer:
Aumenta que é Rock and Roll - Direção de Tomás Portella
Amei o filme, até porque vivi experiência semelhante com a Ipanema FM, de Porto Alegre, que teve importância transcendental para o rock gaúcho nos mesmos anos da "Maldita", como ficou conhecida a rádio de Niterói.
Tenho lido muita tese de graduação e pós sobre a Fluminense FM e o filme deu uma ótima ideia do que ocorreu nos seus três anos de existência.
A história mostra a trajetória de Luiz Antônio Mello (Johnny Massaro) e Samuel Wainer Filho, o Samuca (George Sauma), que recebem a incumbência de levantar audiência da emissora, em especial, dirigida ao público jovem, amante de rock'n'roll.
Uma tarefa árdua, porque não dispõem de recursos financeiros, mas através da criatividade, como utilizar apenas mulheres na locução e não aceitar jabás das gravdoras, nem repetir músicas por dia, isto é, tocou hoje, só será repetida no dia seguinte, no mínimo.
Também, a Maldita foi fundamental para o aparecimento de bandas de rock do Rio, Brasília, São Paulo e até de outras regiões que enviaram fitas cassetes e, assim, promoveu uma revolução no cenário musical nacional. Na película aparecem os contatos com Blitz, Lobão, Legião Urbana, Capital Inicial, Barão Vermelho e muitas outras bandas.
Outro ponto focado: as negociações com Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio, que pediu a interferência da rádio na definição das grandes banda e grupos mundiais para a realização do primeiro (e melhor) edição do festival, realizado em 1985.
Estão no elenco também, a bela Marina Provenzzano (Alice) e a saudosa Flora Diegues em um de seus últimos trabalhos, a Jaque.
Segue o trailer:
Dica de Leitura
George Harrison-O Beatle Relutante - Philip Norman
É o meu beatle preferido, ainda assim, foi a primeira biografia "séria" que li sobre ele. Claro! a parte da infância e como intregante da banda, muita coisa eu já sabia, diria 90%. Lá estão a infância com mudanças de endereço, dos trabalhos do pai, Harold, a amorosidade familiar, em especial, a dos pais, mais ainda, de Louise, a mãe, sempre incentivando o filho pelo gosto da música, as trocas de escola, o primeiro conjunto, o encontro com Paul e logo, o definitivo entre eles + John, quando tinha apenas 13 anos. Também, as viagens e os inferninhos onde tocaram na Alemanha, na portuária Hamburgo. Os encontros com Klaus Voormann, Stu Sutcliffe, o quinto beatle, Astrid Kirchherr, etc... mais tarde, a saída de Pete Best, o ingresso de Ringo e o contato com o produtor George Martin
Já nos primeiros anos da banda, George manifestou o seu incoformismo com a preterição de suas composições pelo mais velhos, Paul e John, que contavam com o apoio de George Martin, mais tarde, arrependido por promover essa preterição.
George foi um pioneiro na aproximação com a música e a cultura hindu no meio musical do rock, da mesma forma, trouxe outros músicos para o estúdio como Eric Clapton e Billy Preston, a amizade que se revolou duradoura com Bob Dylan, abrindo o leque musical dos Beatles.
Tem a separação definitiva em Abril de 1970, separação essa, desenhada várias vezes por cada um dos integrantes em diferentes momentos e motivações. O próprio George chegou a abandonar as gravações do álbum Get Back, mais tarde rebatizado de Let it Be.
O livro de Norman trabalha muito bem a fase solo do guitarrista, a elaboração de All Things Must Pass, até hoje, o melhor trabalho individual dos quatro integrantes.
A consciência social descrita em vários eventos como Bangladesh e das Crianças Romenas, a fundação de caridade, além de suas investidas de sucesso no cinema com a sua produtora Hand Made.
Tudo está ali, suas incertezas, os golpes financeiros sofridos, os processos judiciais, os casos amorosos, o amor pela jardinagem, o lado vegetariano, o atentado em sua casa em 1999 e por fim, o seu perecimento de forma serena, dois anos depois.
Uma excepcional leitura.
Ele que se auto denominava "o beatle da classe econômica", na prática, se revelou a figura mais rica, generosa e complexa do quarteto.
Lançado em 2024 pela Editora gaúcha Belas-Letras, possui 504 páginas.
Galeria
Joanne Whalley nasceu em Salford, Inglaterra, no dia 25 de Agosto de 1961. Alguns de seus filmes são: Escândalo (Scandal-1989), Julgamento por Júri (Trial by Jury-1994) e O Homem que sabia de Menos (The Man who Knew too Little-1997).
Skyscraper - David Lee Roth
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Toys in the Attic - Aerosmith
Coragem sob Fogo - Direção de Edward Zwick
Trata-se de uma investigação realizada pelo Coronel Serling (Denzel Washington) sobre o verdadeiro merecimento de uma honra (medalha) a ser dada postumamente a Major Karen Walden (Meg Ryan), fato inédito em se tratando de uma mulher na corporação, no front.
Há suspeitas quanto à veracidade de suas ações, o próprio Serling viveu situação semelhante, quando na Guerra do Golfo, autorizou uma movimento que causou a morte de um dos seus subordinados e após análise, ele foi inocentado, embora as evidências.
À medida em que Serling avança nas investigações, ele encontra contradições, ou seja, versões diferentes sobre o dia derradeiro em que Walden perdeu a vida. Também, ele enfrenta a pressão dos superiores para concluir pelo mérito a ser consagrado a Major.
No elenco estão Matt Damon (Hilário), Lou Diamond Philips (Monfriez), Michael Moriarty (General Hershberg) e Scott Glenn (jornalista Tony Gartner).
A obra trata de um tema bem sensível, que implica injúrias dentro das Forças Armadas norte-americanas.
Produzido em 1996, possui 116 minutos. Segue o trailer:
Sergio Leone - O Italiano que inventou a América -
Direção de Francesco Zippel
Muito bom documentário sobre Sergio Leone, cineasta italiano que revolucionou o gênero western e recuperou economicamente, o cinema italiano, que na década de 60 passava por uma crise imensa.
Felizmente, a sua obra recebeu reconhecimento, ainda que à época, o western-spaghetti, como foi chamado, fosse considerado um sub-gênero, uma obra depreciada.
Leone desde o berço respirava cinema, pois seu pai, Vicenzo, também conhecido como Roberto Roberti e a mãe, Bice Waleran, eram respectivamente, diretor e atriz. Ele, desiludido, se afastou de seu ofício, devido a perseguição, que sofreu dos fascistas. Sergio não desistiu e virou um grande nome da sétima arte, de certa forma, realizou os desejos de Vicenzo.
Sua produção revolucionária tem títulos como Por um punhado de Dólares, Por uns Dólares a Mais, Três Homens em Conflito (O Bom, O Mau e o Feio) e principalmente, Era uma Vez no Oeste, que redefiniram o faroeste. Além de Era uma vez na América, realizada em 1984, tão poderosa obra, quanto O Poderoso Chefão, de Coppola.
Este documentário contem depoimentos de grandes expoentes do Cinema que recebram influência de Leone, como Martin Scorsese, Quentin Tarantino, Frank Miller, Steve Spielberg, Giuliano Montaldo, Giuseppe Tornatore, Bernardo Bertolucci, Dario Argento, Damien Chazelle, Darren Aronofsky, Jennifer Connelly, Robert de Niro, Clint Eastwood, Eli Wallach, Enio Morricone e muitos outros. mas o ponto alto dele são as imagens e suas descrições de como foram feitas.
Produzido em 2022, possui 107 minutos.
Segue o trailer:
