Aqui vou tratar quase que exclusivamente de Música,Cinema e Literatura. Sugestões que serão pontuadas pela curiosidade, qualidade e algumas pela indisponibilidade na rede mundial.
Até Robert Plant aprovou. Desde os primeiros acordes, a impressão é de se estar ouvindo o Led Zeppelin. Não se trata de plágio, óbvio, mas de uma influência marcante. Lançado em 2017. Seguem trilhas do álbum:
Grande e surpreendente filme que não vi quando lançado no início dos anos 80. Gostei tanto que resolvi comprar o livro que deu origem a película, obra de Martim Cruz Smith.
Não dá para se distrair, porque a trama é realmente intrincada.
Durante a Guerra Fria, a história se passa na Rússia, mas claro, teve que ser rodado em outro lugar; por afinidade climática, a Finlândia foi escolhida para as locações.
Três corpos são descobertos por acaso, abaixo da neve no Parque Gorky na capital Moscou. Seria "apenas" um triplo homicídio, se os cadáveres não estivessem mutilados, sem seus rostos, a última falange dos dedos da mão e com tiros na boca, certamente para inviabilizar suas identificações.
O inspetor-chefe Arkady (William Hurt) é designado para o caso, fato que ele próprio estranha, porque o major da KGB Tribluda (Rikki Fulton) não dá a devida atenção e deixa as investigações à responsabilidade de Arkady.
À medida que ele vai avançando nas diligências, mesmo com os obstáculos, à princípio, incompreensíveis, Arkady vê que existem forças poderosas que desejou o fim daquele trio, dois homens e uma mulher num dos lugares mais conhecidos de Moscou.
No elenco estão Lee Marvin como Jack Osborne, um comerciante de peles, Ian Bannen no papel de Iomsky, Brian Dennehy, um misterioso norte-americano (Kirwill) e a bela Joanna Pacula como Irina.
Na Trilha dos Assassinos - Direção de John Frankenheimer
Bom filme que não é muito destacado na carreira de Frankenheimer (Sob o Domínio do Mal, Operação França II).
Beck (Dan Johnson), um policial com sérios problemas pessoais, em especial com a esposa (Penelope Ann Miller) e a advogado dela; acaba sendo destacado para resolver o assassinato brutal de um policial no Natal em Los Angeles.
À medida que vai puxando o "fio do novelo", esta morte vai levando a uma trilha (daí o nome recebido no Brasil, original é Dead Bang) que ultrapassa as fronteiras de vários estados norte-americanos.
Sua obsessão na busca pela solução do crime, lhe rende censura, afastamento e tratamento psiquiátrico dentro da corporação, mas não desiste.
No estado do Colorado, Beck encontra um bunker que confirma suas suspeitas de estar enfrentando um grupo de neo nazistas.
Obra difícil de sugerir, porque eu a considero para adultos, caso contrário, a linguagem adotada poderá ser interpretada como pornográfica e de mau gosto, como aliás, a censura da época (1973) assim considerou e proibiu sua publicação.
Com o passar dos anos, o livro de Rubem Fonseca recebeu o devido reconhecimento.
É a história de Paul Morel, um artista preso por assassinar uma moça, que resolve narrar suas aventuras, em especial as amorosas e sexuais, para Vilela, um ex-escritor e atual policial.
Com detalhes, Paulo Moraes, o verdadeiro nome de Morel, vai introduzindo sua vida com mulheres que resolveram viver em conjunto com ele.
A narrativa dos momentos com Joana que se chama Heloísa, Ismênia que é Aracy, Elisa, a Marta, Lurdes, a negra Rosário e Carmen, cujo nome verdadeiro é Lilian Marques, passa para o leitor relacionamentos diversos e nada convencionais ou pelo menos, que não são relatados abertamente pela maioria das pessoas; dão o gás para seguir a leitura quase que instantaneamente. E faz o leitor tentar traduzir a narrativa com as diversas mensagens não explícitas no texto.
O meu exemplar é da Editora Globo, produzido em 1973, possui 189 páginas.
Hilda Hilst nasceu Hilda de Almeida Prado Hilst no dia 21 de Abril de 1930, Jaú, São Paulo. Faleceu em 04 de Fevereiro de 2004, Campinas, São Paulo. Algumas de suas obras são: Cantares de perda e predileção (poesias - 1980), Cartas de um Sedutor (ficção - 1991) e O Verdugo (teatro - 1969).
No dia do Rock, posto o primeiro elepê que comprei desta banda fenomenal, que juntamente com Black Sabbath e Deep Purple, revolucionou o gênero, dando mais peso a tudo que se produzia na virada dos 60 para 70.
Cativante filme francês que pode ser visto por toda a família ao mesmo tempo. Samuel (Omar Sy) é um dj, solteiro, namorador, que tem o emprego e a vida que pediu a Deus. Lida com música, está cercado de mulheres e mora num barco que não lhe pertence.
Um dia, ainda dormindo no barco, ele é despertado pela chamada de uma mulher, que lhe apresenta um bebê de poucos meses. Samuel, à princípio, não reconhece Kristin (Clémence Poésy), uma garota que passara apenas uma noite com ele e disto resultou Glória (Gloria Colston, na fase infantil), o nenê que agora ela lhe pede para segurar, bem como, 20 euros para pagar o táxi que a trouxe até ali.
Samuel com a criança no colo, dá a grana, mas Kristin embarca e some da vida deles.
À partir daí, a vida do bon-vivant vira de pernas para o ar.
Ele sai de Paris e vai até Londres na esperança de poder devolver o bebê à mãe.
Lá, Samuel passa por inúmeras situações atrapalhadas, se vê sem dinheiro e moradia; para sua sorte, Bernie (Antoine Bertrand), um produtor de cinema, gay, se encanta com ele e o contrata para dublê em seus filmes.
Assim, eles, pai e filha vivem durante 8 anos, quando Kristin retorna arrependida e quer Gloria de volta.
Uma divertida comédia realizada em 2017. Possui 118 minutos.
Rever este clássico foi muito prazeroso, primeiro, porque se trata de uma trama muito bem pensada, um casal de idosos, Norman e Ethel (Henry Fonda e Katharine Hepburn) vão para a sua casa de campo, que estava há tempos sem uso. Logo, a história demonstra que o homem é mais retraído, azedo e conformado; já o personagem Ethel é de um dinâmica, otimista e empreendedora. A relação de tolerância e amor/amizade deles fica evidente. Norman está doente; aliás, Henry Fonda também.
A chegada da filha Chelsea (Jane Fonda), que andava afastada, à princípio, o que parecia ser algo agradável, traz uma surpresa: Billy (Doug McKeon), seu futuro enteado.
Ela pede aos seus pais que fiquem com o adolescente, pois pretende viajar com o seu namorado e pai do garoto, Bill (Dabney Coleman);lógico, que o sorumbático Norman não gosta da ideia, porém, acabou cedendo as evidências.
O menino e Norman terão uma relação terna que vai envolvendo os espectadores e aí reside o principal trunfo da película que arrebatou vários Oscars.
Excelente obra de Aguinaldo Silva, um suspense e uma "ironia" que o autor comete com uma história que contempla o universo de uma "hollywoodiana" nacional, a rede Network com suas intrigas, vaidades e invejas, tudo com um fato deflagador: O assassinato da principal estrela da companhia, a protagonista da novela das 8, Aurora Constanti.
Com vários suspeitos que vão do elenco, passando pelo diretor, escritor e até o todo-poderoso comandante da emissora, além de um senador corrupto que decide as suas paradas, esquartejando seus desafetos com serra elétrica, a trama prende o leitor página por página.
O inspetor Luis Trajano, além de superar os seus fantasmas afetivos, terá pela frente a missão de desvendar o crime, contando sempre com o pajem da vítima, Haroldina Brunet, um homossexual que abdicou de sua vida para cuidar da Diva.
A Editora é Geração Editorial, possui 295 páginas e foi lançado em 2006.